PS Algarve exige manutenção da Unidade de Cuidados Paliativos em Portimão

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Recorda António Eusébio que, “até à data ainda não foi apresentado qualquer estudo de avaliação de impactos, de definição do modelo organizativo ou envolvidos os profissionais de saúde neste processo. Deste modo, para melhor compreender e poder defender os interesses do Algarve e dos algarvios solicitei uma reunião urgente ao Conselho de Administração do novo Centro Hospitalar”.

Durante reunião “o Dr. Pedro Nunes informou que a integração dos dois Hospitais no Centro Hospitalar terá um período de adequação, sendo que o Conselho de Administração pretende que algumas especialidades que não existiam em Portimão passem a existir”, refere António Eusébio. “Estaremos atentos a esta situação bem como estaremos atentos à manutenção das especialidades agora existentes, e algumas delas com mais expressão do que em Faro como é o caso da Otorrinolaringologia ou da Radiologia”, acrescenta. “Temos plena consciência que ao se retirar determinadas especialidades médico-cirúrgicas de Portimão contribui-se directamente para cercear a acessibilidade das populações às consultas externas e resposta em urgência nessas especialidades, e com isso não podemos ser coniventes”, afirma ainda.

António Eusébio relata que questionado o Dr. Pedro Nunes acerca do funcionamento da Unidade de Cuidados Paliativos, dadas as denúncias dos profissionais de saúde e dos familiares dos utentes sobre a alteração do seu funcionamento e possível encerramento, foi-lhe respondido que o objectivo não era encerrar mas antes renegociar, pelo que denunciaram o contrato. “Francamente, parece-me que algo fica aqui por explicar dado que o CA do Hospital de Faro, fez obras nos 4.º e 5.º andares do edifício do ambulatório para neles instalar uma unidade de cuidados paliativos e de convalescença, que deveria ter entrado a funcionar no final de 2011, início de 2012, coisa que nunca veio a suceder, recebendo para esse feito um financiamento de milhares de euros por parte do Ministério da Saúde. Assim, e ao invés do que seria de esperar, em vez de alargar a oferta de camas de cuidados paliativos em Faro para 15 camas, vem agora tentar encerrar a Unidade de Portimão a funcionar desde 2009 com 10 camas. Naturalmente, o PS Algarve defenderá a única Unidade de Cuidados Paliativos existente no Algarve, de acordo com os padrões internacionais, e exigirá a entrada em funcionamento da Unidade de Cuidados Paliativos de previstas para o Hospital de Faro”.

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A organização dos serviços de logística e apoio constituiu outra das preocupações de António Eusébio, nomeadamente com o impacto que terá no funcionamento das unidades de saúde e na prestação de cuidados às populações. “Fui informado pelo Conselho de Administração que não existirão despedimentos, que embora alguns serviços fiquem em Portimão, como o aprovisionamento, e outros em Faro, como os recursos humanos, a reorganização será feita de modo a não mandar ninguém embora”, diz António Eusébio e acrescenta “O PS Algarve acompanhará cuidadosamente este processo e exigirá dos responsáveis o cumprimento deste compromisso”.

Entende o PS Algarve que “A criação do Centro Hospitalar do Algarve não pode ser um retrocesso de décadas na acessibilidade e qualidade dos cuidados de saúde hospitalares na região do Algarve e particularmente no Barlavento Algarvio”, pelo que, acrescenta António Eusébio, “estaremos vigilantes ao desenrolar do processo de modo a este constituir uma oportunidade, uma mais-valia para os algarvios e não se converter, como receamos, em mais um ataque deste Governo ao Serviço Nacional de Saúde.”

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