Os deputados do Partido Socialista (PS) questionaram o ministro da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social sobre a “incapacidade dos serviços regionais” do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) atenderem com rapidez o fluxo de novos desempregados que todos os anos ali se deslocam devido à cessação dos contratos de trabalhos sazonais.
Para Miguel Freitas, a situação de desemprego por si só “já é uma situação de extrema delicadeza” que, associada a sacríficos no momento da inscrição no centro de emprego, “agrava ainda mais a situação individual de cada novo desempregado”. O deputado socialista considera que não se deve obrigar novos desempregados a ficar em filas intermináveis, que em muitos casos se começam a formar nas vésperas, obrigando os novos desempregados a pernoitar às portas dos centros de emprego algarvios.
Uma das razões desta situação é a falta de recursos humanos existentes nos centros de emprego, pelo que Miguel Freitas relembra que “no acordo tripartido de Concertação Social Sobre ‘Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego’, de janeiro de 2012, as partes subscritoras definiram que uma das linhas de ação era exatamente a redistribuição dos recursos e, sobretudo, o reforço dos meios humanos e materiais dos Centros de Emprego do IEFP”.
Devido à forte sazonalidade laboral no Algarve, associada ao turismo, a taxa de desemprego na região aumenta sempre entre novembro e dezembro, com consequência no aumento do acesso aos centros de emprego regionais, mais propriamente, nos primeiros dias do mês. Esta situação agravou-se nos últimos três anos com o aumento do desemprego na região provocando longas filas de espera à porta dos centros de emprego.
Os deputados socialistas querem saber se houve reforço dos recursos humanos nos últimos três anos nos centros de emprego algarvios, para fazer face ao maior fluxo de inscritos, e se foi adotado algum procedimento eficaz para marcações e registos por parte dos interessados.
