Após a polémica nomeação na passada semana de Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, para o Conselho de Administração da ALGAR, o PSD Algarve veio reagir, em comunicado, esta segunda-feira, dia 29 de abril.
“O PSD Algarve foi surpreendido com a deliberação da AMAL, liderada pelo socialista António Miguel Pina, de nomeação para administrador da ALGAR (empresa de recolha seletiva e tratamento de resíduos) do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves. Desse modo, este responsável deixará a autarquia”, começa o comunicado daquela partido enviado às redações.
Para o PSD, “para além da óbvia questão do compromisso que fica por cumprir com a população de Alcoutim, sobretudo numa altura em que dossiers críticos com a ponte de Sanlúcar ou a falta de médicos no concelho estão por resolver, avulta a total ausência de competências de gestão nesta área que a pessoa em causa manifesta”, acusa.
“Nada no seu currículo dá as mínimas garantias de que pode ser útil para a empresa, pelo contrário. Alcoutim representa para a ALGAR 0,003 % da sua atividade”, acrescenta a nota dos sociais-democratas.
Segundo explica o documento, “em 2018 foi criado novo cargo para vogal executivo do Conselho de Administração da Algar” – empresa privada da qual os 16 municípios do algarve têm uma parte minoritária do capital social -, em representação da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
O primeiro vogal nomeado pelos municípios foi Nuno Amorim, à época vice-presidente da Câmara Municipal de Lagoa, “com uma vasta experiência em gestão empresarial, resíduos, e formado em direito”, recorda o PSD.
“Criado o cargo, dito tão necessário, nada mudou, o serviço piorou e o preço disparou”, lamenta.
“É sabido que o serviço que a Algar presta na tratamento e recolha de resíduos ao Algarve e aos algarvios é insuficiente e isso tem várias justificações. Colocar pessoas sem competência e conhecimento da área a gerir os destinos da empresa não contribui para a sua melhoria, mas sim para o seu fracasso. Esta é a marca do PS”, critica.
“E a razão fundamental que está por detrás desta nomeação é garantir um ‘exílio dourado” a quem estava no final do terceiro mandato e não se poderia recandidatar a presidente da Câmara e abrir as portas da presidência ao número dois da autarquia, que sendo presidente teria melhores condições para a sua candidatura em 2025. Ao mesmo tempo, desejam promover alguém para ser candidato a Castro Marim. É a ‘arte’ da política com p minúsculo. Fazem-no à custa de um serviço importante para os cidadãos. Lamentamos”, termina o comunicado.