PSD Algarve exige reformas e medidas concretas para combater o desemprego na região

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Luís Gomes, presidente do PSD Algarve

Em Outubro, a taxa de desemprego em Portugal fixava-se nos 11%, a quarta mais elevada da União Europeia. Só o Algarve registava, nesse mês, um total de 23.624 desempregados, o que significa um aumento de 16,7% em relação a igual período do ano passado,

O presidente do PSD Algarve, Luís Gomes, lamenta estes números e alerta que “não podemos esquecer os meses que estão para vir e das previsões que apontam para que a taxa do desemprego no Algarve venha a atingir o valor de 15%, o que é sinónimo de cerca de 33 mil pessoas no desempregadas”.

Para Luís Gomes os valores em causa são “altamente preocupantes”.

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“Estamos a assistir a um crescente desemprego na nossa região, com filas constantes de desempregados às portas dos diversos Centros de Emprego existentes na região. Assistimos diariamente a empresas que despedem os seus funcionários, como é o caso da GroundForce no Aeroporto de Faro, que deixou cerca de 350 pessoas sem emprego”, recorda.

Face a este panorama, o presidente dos sociais democratas algarvios mostra grande cepticismo sobre o Orçamento de Estado recentemente aprovado na Assembleia da Republica. “Este é um Orçamento de Estado que não dá esperança aos portugueses de que a situação possa alterar-se. O resultado da sua execução pelo Governo será o empobrecimento das famílias algarvias e o disparo do desemprego para números nunca vistos.”

É neste quadro, considerado pelo PSD “de emergência social”, que os sociais democratas algarvios dizem que que esperariam do Governo acções “concretas e imediatas, capazes de inverter a situação”, daí referirem que receberam com “total estranheza e desconfiança” o novo “pacote de promessas” feito há dias pelo PS Algarve.

“Como pode o PS vir agora dizer que o investimento para o Algarve em
2011 vai duplicar em relação ao valor de 2010, quando na última década apenas nos tem tirado e cortado todos os investimentos e todas as possibilidades de sustentação e desenvolvimento, atrasando projectos estruturantes de investimento projectados para a região?”, questiona Luís Gomes.

“Como poderemos acreditar naquilo que os socialistas nos dizem, que o investimento vai aumentar de 110 milhões para 280 milhões na região, se a todo o momento fecham empresas, colocam-se portagens na Via do Infante e aprovam-se orçamentos de estado que dizem o contrário?”, volta a interrogar o líder do PSD-Algarve.

Luís Gomes afirma que cada vez mais “o Governo esquece o Algarve e as demais regiões do País, centralizando tudo na capital”. Neste sentido, recorda que recentemente foi criado um Sistema de Gestão Centralizada de Candidaturas, que permite analisar todas as candidaturas, desde estágios profissionais, a contratos emprego-inserção, entre outros. “Mas, mais uma vez, esse gabinete foi criado em Lisboa, para os problemas de Lisboa, esquecendo as outras regiões portuguesas”, lamenta Luís Gomes.

O líder do PSD-Algarve diz que quer ver implementadas “reformas que permitam impulsionar o desenvolvimento da região”. É com esse objectivo que reivindica, designadamente o aceleramento, por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), da conclusão dos processos de revisão dos Planos Directores Municipais dos concelhos algarvios e o desbloqueamento de investimentos importantes que há anos aguardam por luz verde da Administração.

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