O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, recusou-se em Bruxelas, a aceitar um aumento da carga fiscal se o Governo não mostrar que está a reduzir a despesa pública.
“Não aceitaremos um maior aumento de impostos para o futuro sem que o Governo mostre que realmente está a reduzir a despesa”, afirmou Passos Coelho, no final de uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE), a família europeia do PSD.
Para o líder social-democrata, “até hoje, as notícias que vêm sendo públicas em Portugal não apontam no melhor sentido”. O PSD considera importante que o país tenha um orçamento mas, segundo Passos Coelho, “o pior que pode acontecer é o país ter um mau orçamento”, tendo explicado que “um mau orçamento é aquele que em vez de apontar para uma redução da despesa pública aponte para uma redução do défice alavancada sobretudo pelos impostos”.
“Eu espero que o Governo se empenhe em recuperar a credibilidade e em demonstrar que esse caminho de redução da despesa pode ser feito”, disse Passos Coelho, concluindo que isso é importante para “melhorar também a credibilidade externa do país”.
Passos Coelho falava à saída de uma reunião do PPE, preparatória da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), que se celebra na quinta-feira, em Bruxelas.
O PPE é a maior e mais influente família política europeia, de centro-direita, dela fazendo parte 15 chefes de Governo da UE, 6 de governos fora da UE e os presidentes das principais instituições europeias, como José Manuel Durão Barroso, da Comissão Europeia.
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