A Polícia de Segurança Pública (PSP) assinalou na sexta-feira, dia 24 de novembro, em Vila Real de Santo António, o 20.º aniversário da morte do chefe Armando Lopes, falecido em 2003 durante uma perseguição junto à Ponte Internacional do Guadiana.
As novas instalações da PSP de Vila Real de Santo António foram palco desta “singela mas sentida homenagem”, com o objetivo de “destacar a disponibilidade, o sentido de missão e o sacrifício superior do chefe Armando Lopes”, segundo aquela força policial.
O comandante da esquadra de Vila Real de Santo António na época do acidente, Tito Fernandes, recordou os “momentos muito complicados” daqueles dias, mas garante que “esta cidade não o esqueceu nem vai esquecer” e pretende-se “manter a chama viva e continuar a homenagear um dos polícias que perdeu a vida em serviço, um pai de família que continua a ser estimado por todos”.
Já o Comandante Distrital da PSP de Faro, Dário Prates, salienta que “de certeza que 20 anos depois, o chefe Armando continua connosco” e que “a par da sua dedicação ao serviço, nunca deixava de dar atenção à família”.
O vereador da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Álvaro Leal, garantiu que a cidade “não esquece o Armando”.
O filho mais velho do chefe Armando Lopes, Tiago Lopes, espera que esta homenagem “sirva de exemplo não só para quem passou, mas principalmente para quem chega” à PSP.
A cerimónia terminou com o descerrar de uma nova placa de homenagem e um minuto de silêncio, com a participação da esposa de Armando Lopes, Adelaide Pinheiro, da filha Joana Lopes, outros membros da família e vários agentes da PSP.
Armando Luís Caleiro Lopes nasceu a 10 de junho de 1965, prestou serviço na Força Aérea Portuguesa e alistou-se na PSP a 3 de fevereiro de 1992.
O agente da PSP faleceu a 10 de novembro de 2003, aos 38 anos, durante uma perseguição policial que decorreu na Via do Infante, junto à Ponte Internacional do Guadiana, onde estava montada uma barreira de carros das autoridades para impedir a fuga dos suspeitos para Espanha.
O carro conduzido pelos suspeitos, referenciados pelos crimes de furto e tráfico de droga, acaba por provocar a morte de Armando Lopes, que estava atrás de um outro veículo que sofreu o embate.
Em março de 2005 dois dos três suspeitos que seguiam no carro em fuga foram colocados em liberdade, enquanto o condutor de origem alemã foi condenado por homicídio qualificado a 17 anos de prisão.
Após o seu falecimento, a Assembleia da República manifestou um voto de pesar a 27 de novembro de 2003.