Presidente Vladmir Putin garantiu hoje a emissão de passaporte russo para Gérard Depardieu se o ator renunciar para sempre à nacionalidade francesa.
“Se Gérard quer, sinceramente, autorização de residência na Rússia ou o passaporte russo, consideraremos que a decisão está tomada, e a minha resposta é positiva”. Com estas palavras, o Presidente russo, Vladmir Putin, afirmou hoje, em conferência de imprensa transmitida pela televisão, que satisfará o desejo do ator francês, mas com uma condição: Depardieu terá de pedir a cidadania russa.
Ou seja, para obter o passaporte russo, o ator – que diz que vai recusar o passaporte francês por sentir-se “insultado” com as críticas sobre a sua decisão de ir para a Bélgica por causa da excessiva carga fiscal em França – terá de renunciar à nacionalidade francesa para sempre.
Putin, no entanto, não acredita que isso seja realmente o que Depardieu pretende.
O Presidente russo enfatizou que conhece pessoalmente Depardieu, com quem estabeleceu “uma relação amistosa”, e sabe que o ator “se considera francês”.
Segundo Putin, Depardieu “considera-se europeu e cidadão do mundo, mas ama o seu país, a sua cultura e a vida em França. Tenho a certeza de que agora não está a atravessar um bom momento, mas isso vai passar”, disse.
Depardieu convidado a viver na Chechénia
O Kremlin entendeu como piada as afirmações de Dépardieu que, segundo o jornal “Le Monde”, disse que o Putin já tinha enviado um passaporte russo. “Evidentemente, é uma piada. Não ouvi nada sobre isso. Com toda a segurança, não passa de uma brincadeira”, assinalou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, em declarações à televisão russa.
Entretanto, o chefe da Chechénia, Ramzan Kadyrov, por sua vez, já convidou Depardieu para viver na república caucásica russa, que recuperou nos últimos anos a estabilidade após ser palco de duas guerras sangrentas.
Este Depardieu (Obélix de empréstimo), sempre ganhou (fama e proveito) milhões na França.
Agora, na hora de dividir algo, diz que lhe estão a ir ao bolso. Assim se vê o egoísmo de determinados franceses.
Jamais será possível construir uma União Europeia com este tipo de mentalidades depardianas.