Arrancou ontem o programa comemorativo do Centenário da Freguesia de Quarteira que, até ao dia 12 de abril de 2017, irá apresentar várias ações subordinadas ao tema “Da História à Contemporaneidade – Construindo o território e religando pessoas”.
A iniciativa e promovida pela Câmara Municipal de Loulé, em parceria com a Junta de Freguesia, e com o forte envolvimento da sociedade civil.
Foi criada uma Comissão de Honra, composta por quarteirenses de diversos quadrantes sociais, que contribuíram, na sua área, para o desenvolvimento da sua terra.
Os objetivos gerais deste programa passam por homenagear os quarteirenses que, ao longo de um século, construíram o território, aprofundar o conhecimento da história local e perspetivar o futuro de Quarteira para as próximas décadas, alicerçando num conhecimento real e fazendo-o de forma colaborativa e participativa.
Apesar do programa ainda não estar fechado, de entre as ações a realizar ao longo de um ano destacam-se os “Laboratórios da Memória”, espaços de partilha e de afetos que pretendem, através do recurso à fotografia, contar a história e as estórias das instituições da freguesia; “Nós ao Espelho”, um programa de exposições temáticas; “O Longe é Aqui”, com a participação de músicos de fora a trabalhar com artistas de Quarteira; “Dar Cor à freguesia”, com um programa de arte urbana com os artistas locais; “Sou do bairro e convido-te a…”, programa de intersecção entre as artes e os bairros sociais que permitirá visitas aos bairros e uma maior integração dos bairros na comunidade; “Ser presidente de junta por um dia”, programa para as escolas do 1.º ciclo da freguesia que possibilitará os vencedores de passarem um dia a ser eles os presidentes de junta; “Quarteira em 2027…”, um concurso para o 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário onde as turmas vão concorrer com ideias a nível de urbanismo para a freguesia e as vencedoras serão expostas; “Galeria de autarcas de freguesia”, ao longo dos 12 meses serão homenageados, durante um mês, os executivos municipais desde 1916; “Conversas à volta do Poder local democrático”, ciclo de conferências sobre o poder local, com especialistas na matéria de várias universidades portuguesas; “Quarteira em livros”, edição de livros sobre a freguesia; “Memória futura”, trabalho de videomapping sobre a história de Quarteira que será apresentado na noite de 12 para 13 de abril de 2017.
Pretende-se, ainda, que neste ano se inicie o Centro de Artes Contemporâneo em Quarteira, que pretende ser um centro de criação artística por excelência, ligado às artes performativas e visuais.
Segundo Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, o dia 13 de abril de 2016, dia em que foi apresentado o programa, constitui “o primeiro ato de um ciclo comemorativo dos 100 anos desta freguesia”
Quanto às escolhas para integrar a Comissão, Aleixo considerou que muitos outros teriam lugar mas que estes nomes são bem representativos de Quarteira. “Esta é uma Comissão de gente prestigiada, que vai dar a cara por este projeto e que vai ter um papel muito importante nestas comemorações”, considerou este responsável municipal.
O autarca adiantou ainda que serão convidados todos os antigos presidentes de Junta ainda vivos – Bota Espadinha, Filipe Viegas e José Coelho Mendes – para participarem neste programa, bem como os diretores de agrupamentos de escolas da Freguesia, um representante do Colégio de Vilamoura, a Paróquia de Quarteira e um representante da Vilamoura World.
Para Vítor Aleixo, este programa “é um forte contributo para que as pessoas em Quarteira sintam que estão num Município que é coeso, que não deixa ninguém para trás”.
“Queremos mostrar à população o que significa os 100 anos da freguesia. Achámos que não fazia sentido fazer um dia de festa, e que seria importante termos muitas mais intervenções e procurar alguns nichos da sociedade para tentar demonstrar o que realmente é Quarteira. Grande parte da população não sabe o significado desta data por isso não faria sentido um evento pontual”, explicou o presidente da Junta, Telmo Pinto.
Para este autarca local, “vai ser um ano muito interessante e com uma quantidade de eventos que vão demonstrar aquilo que foi, é e que pode vir a ser a freguesia”.
Já Luísa Pontes, que irá presidir à Comissão, falou da importância que esta iniciativa terá, sobretudo nas escolas, já que “a população de Quarteira, embora jovem, é descaracterizada e em muitos casos desconhece a terra”. Conhecedora das raízes de Quarteira e das várias fases da história desta antiga aldeia piscatória e agrícola até ao grande centro turístico que é hoje, Luísa Pontes garantiu que “há muito trabalho a fazer” para o sucesso desta iniciativa.
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