Razão tinha José Cândido Monteiro, solicitador

...meu primeiro patrão, quando eu tinha 11 anos, que me dizia, que os Juízes também metiam água...

Existe um tremendo cansaço e medo em todos nós, não apenas pela sucessão de acontecimentos que têm marcado a vida dos portugueses logo que ficam sentados em almofadas de espinho ao colo da Procuradoria-Geral da República. E as coisas já não têm apenas a ver com um parágrafo, mas uma matilha de parágrafos, que até temos a sensação, que isto são coisas da Inteligência Artificial, um vírus raro, que se cometeu a intrometer nas nossas vidas, sobretudo na rapaziada da minha idade.

É evidente, que a minha relação com a justiça e os tribunais, não é nenhuma, excepção feita, quando aos 11 anos de idade, comecei a trabalhar com um solicitador, de nome José Cândido Monteiro, que então residia em Castro Marim, e que me pagava por mês, um queijo de marmelada.

O Senhor José Cândido Monteiro, partilhava o seu escritório, num cubículo do primeiro andar, do que é o Arquivo Histórico Municipal, António Rosa Mendes, em Vila Real de Santo António e com uma salinha no Tribunal Judicial da citada Vila, hoje cidade, que estava instalado, no anterior edifício da Câmara Municipal, num lado esquerdo quando se sobe e em cujos baixos habita a prisão, a casa do carcereiro e o posto da GNR…

Importa recordar, que naquele tempo, só em casos excepcionais, um solicitador tinha espaço no tribunal, ou seja, tinha que ter alguma credibilidade para que essa decisão fosse tomada.

Portanto, quem escreve dois ou três parágrafos sobre a PGR, é alguém que nada sabe sobre o papel da sigla na vida dos portugueses, mas como existe tanta gente a falar e a escrever, inclusive aqueles que colocaram lá a senhora, creio que sobrará para mim algum espaço, nem que seja o mesmo que ocupa uma pestana, para dizer que este órgão de vital importância para a DEMOCRACIA, vive por essa altura uma debilidade e desconfianças tremendas que a todos assusta. Pior ainda, está a espezinhar os direitos e a moral dos cidadãos e a reanimar alguns malfeitores, que com este andar, ainda regressam à catequese.

Mas também existem outras vozes, como a daquele senhor que até é jubilado. Nome? O senhor sabe a quem me eu estou a referir, que foi para a Antena I, dar conta que estas coisas que se estão a passar na PGR, e estas coisas, são sobre os presumíveis arguidos do tal processo da Madeira, são coisas que não podem acontecer… E vai mais longe o senhor Jubilado, reforçando que estas decisões não podem ser feitas em relação a pessoas, ligadas à politica, empresários com prestigio…

Então, um parvo como eu quando houve estas coisas, pensam logo, que até este senhor Jubilado, entende, que em Portugal existem duas justiças (aliás, nós já sabíamos). Uma para os ricos e outras para os pobres, porque a democracia, há muito que acabou com os remediados…

Razão, tinha às vezes, o meu primeiro patrão, José Cândido Monteiro, o tal senhor solicitador, que me dizia: Manuel. O Senhor Dr. Juiz, meteu água. Diga-se que José Cândido Monteiro, e daqui não ia nenhum mal ao mundo, tinha um filho, de seu nome Mário, que era caiador e pintor…

Era nesta altura Chefe da Secretaria do Tribunal Judicial, na minha santa terra o senhor Cruz, pai do meu amigo Cruz, que seguindo as peugadas do senhor seu pai também ocupou espaço importante como secretário, por exemplo, creio eu que se chamava assim, do Delegado do Ministério Público em Loulé.

É verdade é que estas decisões, entraram agora na balança dos debastes televisivos da campanha eleitoral. Ficou para trás um assunto de ricos e poderosos, que têm sempre possibilidades de esgrimirem todo e qualquer processo e deixaram para trás, as grandes questões, mais graves que o tal parágrafo e que acabaram por sentenciar este acto eleitoral.

O custo de vida, a ausência da fiscalização nas grandes superfícies onde começa a valer tudo, a questão quase epidémica da falta de médicos nos serviços de saúde, as reforças miseráveis, o custo de vida, os lares da 3.ª idade, a intolerância dos responsáveis diante dos valores em que assentou a entrada de fulgurante de Salgueiro Maia, no Terreiro do Paço…

O que está em causa nestas eleições é o restaurar do caminho não conseguido como reforço da democracia e que temos vindo a abandonar, acomodados no escarro e na inconsciência dos que têm vindo a aniquilar o longo caminho que nos conduziu à libertação do País… E o pior que nos está a acontecer, não o que se passa em cada debate, onde por vezes o moderador/a, já vêm de casa zangados/as. Depois e no caso concreto da SIC que tem um belíssimo painel de comentadores, surgem por vezes uns intrometidos, que enquanto mastigam veneno, eu vou o google saber que são, e depois pedindo desculpa aos outros (os bons) comentadores, mudo de canal. Regresso ao Panda…

O que está em causa nestas eleições é sermos capaz de acabar com um País que alimenta a esperança dos portugueses dando-lhes subsídios, tornando-os mais frágeis e dependentes.

O que está em causa nestas eleições, não é inventarmos sindicatos e greves para as Forças de Segurança, armadilhando o futuro, no coisa impiedosa dos serviços mínimos, antes, cumprirmos o dever de todos iguais, isto é, meter na mesma aliança a PSP, a GNR a Polícia Judiciária.

O que está em causa nestas eleições, não é obrigarmos (eles também não são parvos e não aceitariam) os médicos a permanecer no SNS por tuta e meia, como defende a Exma. Senhora Dr.ª Marta Temido (o Dr. Pizarro… já regressou à sua clínica), que os médicos só podem deixar o SNS depois de pagarem a formação que tiveram.

Então foi o Estado que pagou a formação dos médicos? E os meus impostos? E os impostos de todos os portugueses?

Então Banco Novo, que nos chupou até ao tutano, a Efacec, Ou a Dona EDP em relação aos impostos pelas barragens não pagam nada e os médicos é que têm de sofrer com esta brutalidade?

Paulo Raimundo, sereno e assertivo

Paulo Raimundo sereno e assertivo, ainda que não vote nele, faz muita mais falta, para mim que já sou velhinho, que a BE ou o CHEGA
O que está em causa nestas eleições é percebermos, que a cegueira ao longo de 50 anos foi tão desumana, fazendo-se inclusive do texto da Constituição papel de embrulho, que o apelo que nos resta, é que sejam pessoas crescidas, humildes, responsáveis, sem mais trunfos na manga… e que não venham culpar, por exemplo, o tempo de vida, pelas falhas do SNS. Tenha a hombridade de debater o País, pelas suas causas e pelos erros acumulados e não pela hipocrisia que alimenta a Dona Mortágua ou a Menina do PAN, que por ter um novo nutricionista, acaricia-nos como se fossemos irracionais.

Há tempos neste espaço, não fui muito justo para com Paulo Raimundo, do PCP… Ele também tinha começado a longa batalha na liderança do PCP, contudo, o seu a seu dono, o líder do PCP tem estado sereno e assertivo em quase todos os momentos dos debates que tenho visto. Depois, o PCP faz falta à Democracia e actualmente a luta que trava, é pela razão de o País não perder o lastro da Democracia e ele próprio, como Partido Histórico, manter a sua imagem na Assembleia da República…

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