Remate Certeiro: Hora de acabar com a guerra

A hora não é só de chorar os mortos, é de acabar com a guerra e salvar os vivos

A Ucrânia continua a ferro e fogo, e nesta vaga, que mais parece ficção, horrorosa ficção, mais de 500 mil crianças, abandonaram o País de Volodymyr Zelensky, e este nosso sinal, vai fazer sobrevier alguns retrógrados, os que vivem com estranhas viseiras, afogados por uma ideologia ainda por inventar, voltando atras ao tempo do condado portucalense, ou das guerras persas, ou ainda ao ilusório da cadela que desapareceu na ida à lua.


Temos sido esmagas pelos filmes de terror. Imaginávamos tudo como ficção, coisas que nos entretinham, à falta de outros serões, onde tudo acabava em romance.


Hoje caminhamos pelo campo minado do mundo real, que fomos construindo, como se não fosse nada connosco, e mesmo agora, parece que nada está acontecer, pela nossa própria fragilidade, porque sempre imaginámos, que o Iraque era muito longe e que a prisão em directo de Saddam Husssein, a 30 de Dezembro de 2006, era a fundação de um novo mundo.


Neste dia, estávamos no Cachopo, num encontro de animação desportiva, entre a malta do Governo Civil, onde elegemos como de memorável momento gastronómico, o PAN ainda não existia, uma matança do porco. De outro porco… mas outros serão ainda os porcos a abater.


É deste eclipse, desta estranha agonia em que vivemos e em que vive o mundo, atropelado pelo nosso próprio silêncio de pecadores, que também nos atormenta, pelas desilusões de que nos vamos alimentando, que nem nos percebemos apesar da forma como a manda é atropelada, que quem manda no mundo é Putin. Ele é parte e reparte por ele, todas as partes…


Esta é a realidade, mesmo que nos falem do verbo DISSUADIR, como quem coloca, certo de que não vai acontecer a fuga, gafanhotos em gaiolas de pássaros.


Estamos de mãos atadas. A Europa, a NATO, os USA, reis da prontidão, noutros danos para o mundo, por agora nada mais fazem do que assistir o dia inteiro, incluindo a noite, a ver quem parte e quem chega, em cais de embarques, que não vão dar a lugar nenhum.


Tudo pode acontecer. Aliás, como diria o saudoso arbitro internacional, Vítor Correia, que também negociava cachu: desde que vi um porco a andar de bicicleta, já acredito em tudo.


Nós também. E não tínhamos ilusões.

Uma janela virada para o mundo com recado: ACORDA EUROPA


As televisões mostram a chegada e partida de comboios. De gente que chega, sem saber que chegou. Sem rumo. Sem esperança, sem família, sem vontade viver. Gente tornada criança, carregada pelos medos, pelas dores, pela perda de tudo. Gente sem nada…


Gente amordaçada, expulsa da sua própria terra. Uma terra completamente destruída, minada…


E numa entrada, que pode ser de uma chegada ou de uma partida, um homem carrega com o seu próprio piano, primeiro transportado numa carrinha, depois puxado por uma bicicleta, procurando no roçar de cada tecla, animar os desanimados.


O pianista, tem nome, chama-se David Martello, vive na Polónia, e é de origem italiana, que procura desesperadamente, inspirado pelo seu nome, martelar em cada tecla, renovando, pelo som a esperança e reacendo rostos em forma de sorrisos, que imaginávamos impossível de acontecer.


Mais um sinal, porque não posso ver todos os canais ao mesmo tempo, o grande trabalho que têm vindo a fazer as equipas de reportagem da SIC.

As regras de higiene acabaram nas grandes superfícies e não só


Começou a guerra. Acabou a pandemia… dizem eles… Acabou a higienização dos lugares. Nas grandes superfícies é tudo à balda. Um dia destes vamos voltar a acordar ligados à máquina…


Não sabemos se os emigrantes já votaram, mas é importante que se comece a trabalhar


O País está em banho-maria e no outro dia, para que a fervura aumentasse, surgiu entre a neblina, o Ministro Leão, a apregoar uma espécie de gozo, sobre o Autovoucher por imperativo do aumento dos combustíveis. Também o Senhor Ministro do Ambiente, de seu nome João Pedro, também veio com uma estranha lengalenga, como se fossemos parvos.


Todos sabemos que existem outras razões, que assumem estas posições que conferem a subjugação daqueles que mais precisam, pois o aumento dos combustíveis não tem nada a ver com a guerra da Ucrânia, pois a rapaziada não está a comprar combustível ao preço que é actualmente vendido o barril… Porque este combustível que agora aparece mais caro, há muito que estava guardado e refinado…


Afinal a Bazuca, que até é uma arma de ALMA LISA, que não esteve na tropa não sabe o que é isso, não passou da simples mudança do pano de fundo, de uma peça de teatro que continua em cena, porque o País parou, e já nem nos recordamos, se já foi dado o tiro de partida, que estava pendente da votação dos emigrantes.

Uma homenagem a Fernando Barata, aqui no Tarrafal, em Cabo Verde. Fernando Barata, com uma camisa vermelha, depois Rui Dias, jornalista do Record, eu, como enviado especial da Gazeta dos Desportos, um jornalista local e um funcionário do Tarrafal

Em memória de Fernando Barata


Recordo hoje, apenas em nome da memória, o desaparecimento de Fernando Barata, um dos mais notáveis empresários hoteleiros do Algarve e que projectou a hotelaria e o turismo, não apenas pela região sulista, mas também em Lisboa, no Alentejo, contribuindo decisivamente para o reforço da internacionalização do Algarve.


Foi um empresário que sempre defendeu energicamente os interesses da Região e do sector, e de igual modo, um dos chamados homens, sem papas na língua, pela sua frontalidade e assertividade.


Ao longo de vários anos presidiu aos destinos do Sporting Clube Farense, não apenas numa perspectiva de cariz económica e financeira para o desenvolvimento do clube, mas também como que uma espécie de abanão na apatia em que o clube vivia, no próprio adormecimento da cidade de Faro e do Algarve.


O Farense passou a ser ao longo de alguns anos a verdadeira imagem das Organizações Fernando Barata, que apesar de posteriormente ter deixado, pelo curso normal da vida, a presidência do clube, nunca deixou de ser amado e estimado pelos Farenses. E o mesmo abraço deu ao Imortal de Albufeira.


E este derradeiro abraço ao Senhor Fernando Barata, é um sinal de homenagem a um homem bom, forte, corajoso, inteligente e de um grande humanismo, que nele sempre testemunhámos, e que nunca esqueceu as suas origens e nunca voltou a cara a um amigo.


Fernando Barata foi sempre um homem empenhado em fazer o bem, exemplar nas suas acções e é pena que na hora do adeus, alguma imprensa, tivesse passado ao lado, como quem tudo faz para esquecer, quanto a mesma tanto lhe ficou a dever, incluindo a hora do prato, da faca e do garfo.

Neto Gomes

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