Renato Nené, o jovem fadista que está a encantar o país

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Renato Nené com o troféu do Grande Prémio Nacional do Fado

Renato Nené, de apenas 13 anos e natural de Vila Real de Santo António, venceu recentemente o Grande Prémio Nacional do Fado, já gravou o seu primeiro disco e está a preparar o segundo. Em setembro vai subir ao palco do festival Caixa Alfama, em Lisboa

DOMINGOS VIEGAS

Com pouco mais de dois anos, o jovem Renato Nené, de Vila Real de Santo António e agora com 13 anos, já pegava no microfone para cantar fado. Recentemente venceu a categoria infantil do II Grande Prémio Nacional do Fado, organizado pela RTP e pela Rádio Amália.

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“Ainda não tinha três anos e já brincava com o microfone, cantando fado. Ia connosco ao karaoke e só queria cantar fado”, conta o pai, recordando que as primeiras incursões do filho pelo fado decorreram entre aquelas atividades e as brincadeiras em casa.

A primeira vez que cantou em palco foi num espetáculo do grupo Cantar de Amigos, com 11 anos. No ano seguinte gravou o seu primeiro disco, “Sou do Fado”, onde interpreta temas de grandes vozes do fado.

“Gosto do fado castiço. Gosto de Ricardo Ribeiro, de Fernando Maurício, de Amália e de muitos outros… Ouço quase todos. O fado mais moderno não me puxa muito”, revela Renato Nené, que se prepara para gravar um novo disco, este de originais, para o qual já está a selecionar alguns poemas.

A participação no Grande Prémio Nacional do Fado começou com o envio de uma atuação para a organização. “Enviei um e-mail com uma atuação e fui selecionado. Fui passando todas as eliminatórias e, depois, ganhei a final do meu escalão”, conta Renato Nené.

Passou a primeira eliminatória com 70 por cento dos votos, depois venceu a final mensal com 64 por cento e foi apurado para a semifinal, onde ganhou com 52 por cento das votações. Na final obteve 44 por cento das votações e foi aclamado como o novo vencedor do Grande Prémio Nacional do Fado. Refira-se que, a partir da semifinal, Renato Nené foi o mais jovem concorrente.

O prémio serão duas atuações em Lisboa no próximo mês de setembro, ambas integradas no festival Caixa Alfama. Uma dela será um espetáculo em solitário e a segunda, no Palco Caixa Futuro, com a companhia de outros concorrentes do Grande Prémio Nacional do Fado.

Entretanto, Renato Nené continua a dedicar-se à escola, acaba de completar o 8.º ano, e a algumas atuações nos restaurantes do grupo Coração da Cidade, em Vila Real de Santo António. “Quero continuar a estudar e a cantar. Gostava de viver da música, mas quero ter outra profissão, como alternativa, para o caso de não conseguir ter o fado como profissão”, explica o jovem artista.

“Ele é bom aluno, tem boas notas e é assim que tem que continuar.”, diz o pai. “O fado é só algumas noites e a escola é durante o dia. Não interfere”, acrescenta Renato Nené. E até os amigos e colegas de escola já se habituaram a ter ao lado um pequeno artista do fado. “Ao princípio estranharam que eu cantasse fado, mas habituaram-se e, agora, até gostam”, conta.

Aliás, devido ao facto de a escola ser a prioridade, Renato Nené já teve que recusar muitos convites para cantar em diversos pontos do país. “Já fez alguns espetáculos na zona de Lisboa, mas a maioria é aqui, no Algarve. Ele tem a escola, os testes e algumas vezes eu também não tenho disponibilidade para o levar”, explica o pai.

A situação só muda durante as férias escolares, altura em que acontece a maioria das suas atuações, muitas delas em espetáculos de solidariedade.

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