Renato Seabra pode ficar um ano a aguardar julgamento

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O advogado de Renato Seabra, David Touger, irá hoje ao Tribunal de Nova Iorque pedir mais dados sobre a investigação policial. Renato Seabra parte hoje da ilha prisão de Rikers Island em direcção ao supremo tribunal de Nova Iorque, onde chegará pouco antes das 10h (15h em Lisboa). Durante a audiência, o advogado de defesa, David Touger, deve apresentar uma série de requerimentos com o objectivo de obter mais informações sobre o processo ou exigir a anulação de etapas da investigação criminal (por exemplo, confissões).

“Touger pode avançar com o número de requerimentos que entender, uma fase que pode arrastar-se”, afirmou ao Expresso uma fonte da procuradoria de Nova Iorque envolvida no processo. “Já tivemos casos em que o pré-julgamento, em virtude das sucessivas apresentações de requerimentos pela defesa, arrasta-se anos a fio. No caso Seabra, parece-me que irá prolongar-se, pelo menos, durante um ano”.

Lento processo até julgamento

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A mesma fonte explica o porquê da morosidade: “após a apresentação do requerimento pela defesa, a procuradora responde um a dois meses depois. Segue-se o juiz, que analisará as alegações de David Touger (defesa) e da procuradora (acusação), fase que prolonga-se durante mais um mês. Mesmo depois do juiz deliberar se os requerimentos da defesa têm cabimento, a defesa pode sempre interpor mais requerimentos. Os que quiser”.

Recorde-se que, no passado dia 2 de Fevereiro, Renato Seabra declarou-se inocente da acusação de homicídio em segundo grau, pedido pela procuradora Maxine Rosenthal. Na altura, numa curta entrevista ao Expresso, David Touger declarou: “Iremos lutar vigorosamente contra todos os elementos apresentados pela acusação”.

Detido numa ilha prisão

Renato Seabra aguarda em Rikers Island , uma prisão situada numa pequena ilha do mesmo nome, no meio de “East River”, ladeada pelo Bronx (continente) e Queens (Long Island), com o aeroporto de La Guardia em pano de fundo.

É uma cadeia com um historial de violência. Em 1970, foi criada uma ala à parte só para indivíduos homossexuais. O objectivo foi protegê-los dos ataques dos restantes presos.

Em Dezembro de 2005, essa ala deixou de existir.

JA/Rede Expresso
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