Risco de cheias a nível global vai ameaçar mil milhões de pessoas até 2060

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Uma organização de caridade britânica, a Christian Aid, divulgou esta segunda-feira um estudo que alerta para os riscos de cheias que mais de mil milhões de pessoas vão enfrentar até 2060 por causa das alterações climáticas.

De acordo com o relatório da organização, o risco de “cheias catastróficas” é maior nos Estados Unidos, na China e na Índia, com as cidades de Calcutá e Bombaim na linha da frente. As oito cidades mais vulneráveis situam-se na Ásia, seguidas de Miami, nos Estados Unidos.

No documento, a Christian Aid pede que os governos nacionais atuem para reduzir o aquecimento global e se comprometam com programas práticos de redução dos riscos de desastres e catástrofes, sobretudo em cidades costeiras.

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“Penso que as cidades [que enfrentam maiores riscos], como Calcutá e Dakar, são megacidades do sul, de economias emergentes, onde as pessoas estão mais vulneráveis à subida do nível do mar”, diz Alison Doig, autora do relatório, em entrevista à BBC. “As cheias nestas cidades podem causar danos massivos e ameaçar vidas.”

No estudo, Doig sublinha que a prioridade internacional deve ser reduzir rapidamente as emissões de dióxido de carbono e limitar o aumento da temperatura global, faseando o abandono de combustíveis fósseis em prol de energias alternativas baixas em carbono – alguns dos objetivos delineados pela comunidade internacional na Cimeira do Clima que teve lugar em Paris no final de 2015.

A par disso, aponta a Christian Aid no mesmo relatório, é necessário preparar as comunidades mais vulneráveis para que protejam melhor as suas casas, criando igualmente sistemas de recuperação rápida no caso de tempestades devastadoras e cheias como as que a organização e outros grupos antecipam para as próximas décadas.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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