Rui Machete é ouvido hoje no Parlamento

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Rui Machete é ouvido hoje no Parlamento e na comissão de Negócios Estrangeiros. O polémico pedido de desculpas a Angola é apenas um dos temas, sobre os quais a oposição vai exigir explicações do ministro. Hoje mesmo, o Governo de Angola veio defender que as relações entre os dois países estarão sempre asseguradas.

Rui Machete

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, vai amanhã ao Parlamento e terá muitas explicações para dar aos deputados. Nos últimos dias, o governante viu o seu nome envolvido em várias polémicas, desde o “erro involuntário” que disse ter cometido quando referiu nunca ter sido accionista da SLN, às declarações à Rádio Nacional de Angola sobre as investigações a altos quadros do país feitas pela justiça portuguesa.

A oposição passou o fim-de-semana a pedir, mais uma vez, a demissão de Rui Machete, com o próprio Marcelo Rebelo de Sousa a considerar ontem que o ministro deve sair pelo seu próprio pé do Governo.

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A polémica que envolve o ministro dos Negócios Estrangeiros começou  quando o Diário de Notícias divulgou na sexta-feira que Rui Machete pediu  desculpa a Angola por investigações do Ministério Público português a empresários  angolanos, o que já levou os partidos da oposição a pedirem a sua demissão.

No artigo de opinião publicado pelo Jornal de Angola, Álvaro Domingos  escreve que “é natural que o ministro Rui Machete tivesse vontade de deitar  água na fervura”, acrescentando que a PGR e a Direção Central de Investigação  e Ação Penal têm de explicar a angolanos e portugueses quem “foram os membros  do Ministério Público que violaram o segredo de justiça”.

“Rui Machete, como jurista que é, pediu diplomaticamente desculpa (não  desculpas diplomáticas) pelas patifarias cometidas pelo Ministério Público  e órgãos de comunicação social”, continua.

Insurgindo-se contra alguma comunicação social portuguesa, o artigo  do Jornal de Angola lamenta as críticas feitas ao pedido de desculpas de  Rui Machete.

“A senhora PGR, toda abespinhada, atirou-se ao ministro Rui Machete  (…). Os mais assanhados membros das elites corruptas e caloteiras portuguesas  trucidaram o ministro e por tabela lançaram a habitual chuva de calúnias  contra os dirigentes angolanos, eleitos democraticamente”, refere o autor.

Álvaro Domingos classifica as notícias sobre as investigações a cidadãos  angolanos como “um episódio aviltante que devia encher de vergonha o poder  judicial em Portugal”.

No caso da “incorrecção factual” que Machete diz ter feito numa carta enviada em 2008 ao líder parlamentar do BE à época, Luís Fazenda, no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao BPN, declarando que nunca possuiu acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), o BE já pediu a intervenção da Presidente da Assembleia da República, para que seja o Parlamento a enviar o caso para a Procuradoria-Geral da República.

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