Nas “últimas 72 horas foram raptadas seis pessoas em Maputo”, disse ao Expresso Fernando Veloso, diretor do jornal “CanalMoz”. “De há três ou quatro meses a esta parte, começaram a raptar crianças”, e esta é a grande e ainda mais preocupante diferença que se verifica no modus operandi dos raptores.
Ontem, foi raptado um aluno do 12.º ano da Escola Portuguesa de Moçambique, conforme confirmou à agência Lusa Dina Trigo de Mira, diretora daquela escola. O rapto ocorreu por volta das 18h30 (17h30 em Lisboa) no Bairro da Coop, numa das zonas centrais da capital Moçambicana.
No dia 22, à porta da Escola Portuguesa, foi raptada a mãe de um aluno daquele estabelcimento de ensino que ali tinha acabado de deixar o filho para ir às aulas.
A população de Maputo está preocupada com o aumento da insegurança. Uma advogada portuguesa contacta pelo Expresso diz que “os raptos são o maior motivo de preocupação” no momento. Fernando Veloso diz que “Maputo já não é o que era, as pessoas evitam andar na rua e não saem de casa depois do jantar”.
As duas pessoas raptadas nas imediações da Escola Portuguesa tinham nacionalidade moçambicana.
Manuela Goucha Soares (Rede Expresso)