Suíça pondera criar drive-in de sexo

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À imagem do que fez com as “salas de chuto” para lidar com o alastramento dos toxicodependentes na cidade de Zurique, a cidade suíça pondera travar a prostituição de rua remetendo-a para um drive-in.

A ideia é que um drive-in de sexo fique situado numa zona industrial perto dos limites de Zurique. O projeto, que a cidade suíça pondera implementar no principio do próximo ano, é inspirado no que já acontece na Alemanha, segundo refere um artigo do “The Independent “.

Na Alemanha a prostituição é legal desde 2001 e na Suíça desde 1942, podendo ser praticada por homens e mulheres, desde que de livre vontade.

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Nos tempos mais recentes, a capital financeira da suíça tem contudo visto aumentar significativamente a prostituição na cidade. A polícia tem aumentado o controle, mas na maior parte dos casos, é praticada por mulheres vindas do Leste da Europa, que têm visto temporário e a situação regularizada para a prostituição, pagando aliás impostos ao Estado suíço pela atividade que exercem.

“Estamos apenas a procurar a forma certa de lidar com fenómeno sem causar demasiado mal”, refere Claudia Nielsen, dos serviços de saúde e ambiente da cidade de Zurique, ao “The Independent”. “Não temos certezas de que irá resultar. O que sabemos é que não pode continuar do modo como tem funcionado até aqui, e também sabemos que não o podemos proibir”

A experiência das “salas de chuto”

A cidade de Zurique já implementara uma solução algo semelhante para travar o tráfico e consumo de drogas pesadas num parque da cidade, em 1992, quando criou “salas de chuto” e programas de drogas de substituição, como a metadona. Programas que conseguiram grande eficácia entre toxicodependentes, sendo depois replicados em diversos países europeus, entre os quais Portugal.

Mas ao contrário do tráfico e consumo de drogas, a prostituição é uma atividade praticada no país de forma legal. Os grupos de defesa dos direitos das prostitutas são no entanto céticos quando ao projeto do drive-in de sexo, temendo que remeta as mulheres para uma situação de invisibilidade e clandestinidade, enquanto os responsáveis políticos da cidade encaram a medida como necessária, tanto para proteger as prostitutas como para lidar com o descontentamento público em relação à situação.

Claudia Nielsen afirma que o assunto tem de ser encarado de uma forma pragmática, considerando que “temos que aprender a viver com aquilo que não podemos mudar”.

JA/Rede Expresso

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