Susana Travassos esgota sala da Casa da Música

A artista foi aplaudida de pé na Casa da Música

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Integrado no Festival “Outonos de Jazz”, o concerto que Susana Travassos deu no passado sábado, dia 21, na Casa da Música no Porto, esgotou a sala, sendo muito aplaudida por um público atento e participativo.

Susana Travassos apresentou o seu mais recente trabalho, “Pássaro Palavra” numa nova formação, em trio, e já com alguns temas novos.

A cantora mostra o seu contentamento afirmando que “fomos felizes na Casa da Música. Felizes por estar numa sala tão linda, com um som tão bom, com a casa cheia, com um público atento e efusivo. Dá gosto ver os rostos de satisfação… Aquece o coração e dá-nos a certeza de ter percorrido um caminho acertado. Fui feliz naquele palco… Feliz com todos os que subi ao palco, família, história, vida… Obrigada a todos os que estiveram presentes. Obrigada aos músicos incríveis que me acompanharam, Gonçalo Filipe de Sousa (harmónica) e Simon Seidl (Piano). Obrigada Grazie Pacheco pelo registo (fotos e vídeo)”.

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Pierre Aderne, o luso brasileiro que criou o projeto “Rua das Pretas“ não deixa passar a oportunidade para chamar a atenção do panorama musical português para a qualidade musical de Susana Travassos: “A voz mais bela da música portuguesa contemporânea. Preciso gritar ou desenhar? A voz mais bela da música portuguesa contemporânea!

Artista inteligente, que não se dobra ao mercado, não usa bolsa da Prada, não quer ser a Anitta nem a Bjork e não culpa o estado português por não apoiar a internacionalização de sua música. Sabem porquê? Porque sua música é originária, sua música tem características claras de sua cultura e só este facto já faz que outras culturas queiram ouvi-la, recebê-la, amá-la. Senhoras e senhores, abram alas para a imensa SUSANA TRAVASSOS”, vincou.

Gonçalo Filipe de Sousa – harmónica – que acompanha a cantora há vários anos, refere que “foi um prazer imenso podermo-nos encontrar em trio, numa formação invulgar, voz, harmónica e piano. Esse facto fez-nos extrair o essencial dos complexos arranjos do disco ‘Pássaro Palavra’, de grande qualidade, mantendo a beleza, mas dando um espaço para a criatividade que faz com que haja uma adrenalina ainda maior, em palco. Conseguimos tornar belo com pouco. O concerto foi mesmo muito bom, com uma sala perfeita para este tipo de espectáculo, senti-me a tocar em casa, com um público sempre atento e muito carinhoso. Foi curioso que no encore tínhamos uma música e o público reagiu: uma não, mais três! Aquele aplauso em pé mostrou-nos que é mais que óbvio que gostaram de um repertório muito intimista, muito tranquilo e que poderia levantar algumas críticas. Eu acho que as pessoas hoje precisam disto. A sociedade está acelerada demais, precisamos parar e este tipo de música pode contribuir para uma calma necessária, porque só com calma pode ser apreciada”, sublinha.

Por sua vez, o pianista alemão a residir no Algarve, Simon Seidl realça “a excentricidade da formação deste projeto, apenas voz, piano e harmónica que o dota de espaço para respirar fazendo uma música com liberdade”. Refere que “há uma química importante” entre os três e que a interpretação da Susana “é especial e única”. “Este projeto é cheio de cor e música pessoal e emocional que irá tocar qualquer audiência”, afirma.

O público aplaudiu o trio de pé de forma efusiva.

“Foram seis noites de pura magia, com formas e visões distintas do jazz”, pode ler-se na página da Casa da Música que optou, nesta edição, por uma variedade musical que abre horizontes no conceito do que é o jazz.

Sun Ra Arkestra, Bixiga 70, Per Zanussi, João Bosco, Mário Costa Quarteto, Themandus e Nelembe Ensemble são alguns dos nomes do ciclo de “Outono em Jazz”.

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