Teste com míssil israelita assusta Mediterrâneo

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Foi só um teste mas, na iminência de um ataque ocidental à Síria, qualquer míssil disparado na região causa tremores. O de ontem foi detetado por radares russos.

Um teste com um míssil levado a cabo por Israel lançou a confusão no Mar Mediterrâneo ontem de manhã. O disparo, que terá feito parte de um exercício com os Estados Unidos da América, deu-se pelas 7h15 (hora portuguesa) e foi detetado por radares russos, gerando receio de que se tratasse de um ataque à Síria. No país liderado por Bashar al-Assad, contudo, ninguém deu por nada.

O Ministério da Defesa russo afirmou, segundo a agência RIA Novosti, que os seus radares de alerta precoce detetaram o lançamento de dois “objetos balísticos” na zona leste do Mar Mediterrâneo esta manhã, à mesma hora do ensaio israelita, que então se desconhecia. Segundo Moscovo, a trajetória dos projéteis terá sido da parte central do Mediterrâneo para a costa oriental (na direção onde fica a Síria, portanto). Terão caído no mar.

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Os Estados Unidos da América – que têm a intenção de atacar a Síria – apressaram-se a negar que os mísseis fossem seus. Um porta-voz do Governo americano afirmou à televisão CBS que nenhum avião ou navio dos EUA lançou mísseis no Mediterrâneo. Segundo o Ministério da Defesa israelita, o míssil testado pelo Estado hebraico era um “Anchor”, usado como alvo para um sistema antimíssil financiado por Washington.

O Reino Unido, aliado dos EUA, garante não ter tido “nada que ver” com o disparo. Na semana passada, o Parlamento britânico chumbou a intenção do Governo de atacar a Síria. A NATO escusou-se a tecer comentários antes de investigar melhor o sucedido. A confusão aumentou porque, antes de anunciar o teste com o míssil, Israel negara ter disparado qualquer projétil.

Na Síria nada explodiu

Os sistemas de alerta sírios também não identificaram quaisquer mísseis no seu território, segundo fonte dos serviços de segurança de Damasco, citada pelo canal de TV libanês Al-Manar. A própria embaixada da Rússia na Síria não notou sinais de ataques com mísseis ou explosões na capital do país. A sua congénere síria em Moscovo também declarou nada saber.

O sistema que terá detetado os mísseis fica em Armavir, no sul da Rússia, perto do Mar Negro. É gerido pelas Forças de Defesa Aeroespaciais daquele país e cobre a região do Médio Oriente, através de dois radares, um voltado para sudoeste, outro para sueste. Visa detetar mísseis disparados da Europa e do Irão. A Rússia tem sido um dos mais sonoros adversários de qualquer intervenção militar na Síria.

Pedro Cordeiro (Rede Expresso)
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