Todos os dias, o Dia da Mãe

E AGORA CHEGA O 13 DE MAIO…

Mais logo será dia 13 de Maio de 2023 e por todo o País, emerge pelas mais variadas razões, sabemos lá: esperança, fé, acreditar, misericórdia, amor, ou sejam os ecos sentidos, profundos e chorados, pela histórica efeméride da aparição de Nossa Senhora de Fátima, Mãe de Jesus.

Não vimos aqui sublinhar o contraditório, dos que têm a liberdade de não acreditar, mesmo que na hora da dor ou de uma impensável alegria, evoquem: o Valha-me Deus, ou obrigado Nossa Senhora. E nós somos dos que acreditamos. Ponto final parágrafo e segue na outra linha.

À espera de um milagre que nos devolva a dignidade

“Para Sempre” – Carlos Drummond de Andrade

E Foi Domingo Passado, como se canta na Casa da Mariquinhas, que foi dia 7 de Maio, DIA DA MÃE. E nesse dia a minha amiga Amélia Cunha, escreveu no Facebook, também para mim e para quem quisesse ler e assinalando o Dia da Mãe, um contagiante poema de Carlos Drummond de Andrade, intitulado: “Para Sempre” – Carlos Drummond de Andrade.
«Neste dia já não tenho a quem chamar Mãe! Saudades imensas!
“Para Sempre” – Carlos Drummond de Andrade

“Por que Deus permite
que as mães vão se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não se apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.”

O banco alimentar contra a fome. Já nem conseguimos chegar ao preço das cebolas

E resvala pelo olho lacrimado, o doloroso sofrimento de mãe, de tantas mães, que ainda pensam que os filhos estão vivos, e que apesar dos eclipses com que as idades por vezes lhes roubam a serenidade da memória, não deixam de perguntar sempre: E o meu Fernando? E o meu João? E a minha Alice?

Então como resposta, tão nítida como as incertezas que lhe massacram a cabeça e que lhe esfolam o coração: Lá dizemos: Está tudo bem. Ele agora tem muito que fazer… Ela vai passar por aqui…

Mas que leis da vida ou imperativos filosóficos, assentes nos mais sensíveis argumentos da psicologia, se agrupam em nós, em cada um de nós, que nos permita mentir a uma mãe que o filho ou a filha estão vivas? Ou então como nos anuncia com o coração aos bates no “Para Sempre” – Carlos Drummond de Andrade: “Por que Deus permite que as mães vão se embora? […]

Um mundo corrupto, LÁ e CÁ, com as mães sangrando sem poderem matar a fome aos filhos
E neste choque fontal contra um muro, o mesmo muro que nos prende a liberdade na Palestina, no Corno de África, por todos os lugares da Europa, do Mundo, da Ásia, da África milionária e corrupta, que vivemos e que soletramos em sofrimento: O que será o dia da Mãe para essas mães, acorrentadas à fome, à miséria, à pobreza, isto é, tanto lá como cá… Uma espécie de escravatura que já não se consegue camuflar. Sim! Mentir conseguimos, porque como escreveu (ver o nome do autor) a mentira é a maior força que domina o mundo…

E Foi Domingo Passado, como se evoca a Casa da Mariquinhas, que foi dia 8 de Maio, DIA DA MÃE, num eco, onde não podemos ficar indiferentes, e cujos cartazes, palavra tão em moda, CARTAZ, decifram, que 258 milhões de pessoas, passam fome em todo o mundo.

E o mundo a jogar às moedas e à raspadinha, discutindo neste jogo de adivinha, se os CEREAIS, vão pelo MAR NEGRO, ou pelo MAR FEITO NUM CÃO. A discutirem para que serve o IVA ZERO, tendo como argumento 46 compras. Mas quem não tem um pão, vai fazer 41 COMPRAS?

Pois no Domingo, dia 7 foi dia da Mãe. E agora dia 13 vai ser dia de Nossa Senhora de Fátima, como quem lembra, que uns dias antes, andamos com as grandes superfícies, COITADINHAS bem esticadas nos ecrãs das televisões, a pedir massa, feijão, leite, grão para cimentarmos o edifício humano que é o BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME…

O milagre do amor… ou o gelado do Presidente Marcelo

Não temos memória de haver um antes, sobre o que está a acontecer
Agora foi a vez do senhor dos Museu da Presidência da República, que se calhar terá de devolver as condecorações, que lhe chegaram às mãos, nas Presidências do Prof. Cavaco Silva e do Dr. Jorge Sampaio.
Depois da história rocambolesca, vergonhosa de um computador, que não tinha pernas, mas que andava de mão em mão, desde o SIS à PJ, pelas ruas de Lisboa, solta-se agora esta gargalhada de pavor moral, intelectual e humano, do senhor do Museu da Presidência ter sido condenado…

Já nada nos surpreende, a não ser que aquilo que vier a seguir, porque a seguir vem o 13 de Mãe, que a Mãe Pátria renasça de um MILAGRE, que nos afaste definitivamente destas mentes tão perversas e perigosas. É que isto, dando para acreditar, já não dá e como aceitar, sobretudo pela malta da minha idade, a tal geração do sofrimento, de «armas ardentes nas mãos»…

Como denunciou Amélia Cunha, em “Para Sempre” – Carlos Drummond de Andrade:

«Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

E oxalá este mesmo Deus, nos devolva a dignidade do tal milagre, que os portugueses precisam para recuperar a confiança. Um milagre, mesmo esfarrapado, porque já nada poderá ser pior… ATÉ QUE CHEGUE, mesmo com o mesmo líder, que saiam uns quantos para que possam entrar outros MELHORES…

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