Para o caso não interessa quem foi, para que foi e onde está a ser. Interessa é a maneira displicente, aérea e atropelada com que um ato pretensamente cultural financiado pelo Ministério da Cultura e por Municípios é apresentado. Mais grave: escrita caricata, bizarra, ridícula, extravagante e excêntrica que nada diz seja a quem for.
E então, num proclamado “editorial”, começa-se por dizer que
“Marcado por uma curadoria com base na resistência e na miscigenação da paisagem cultural actual, apresenta um programa que integra objectos artísticos transgressores, numa escuta atenta às necessidades das novas camadas geracionais e sugerindo conceitos híbridos de transgressão/disrupção, contemplação e imersão.”
E depois, que
“Tendo como ponto de partida o som e a sua relação com o corpo e o espaço, perspectivou-se uma colecção de artistas (consagrados e emergentes) que actuam principalmente na área dos cruzamentos disciplinares e dos novos-media, propondo quebrar os limites de realidades normativas, na intimidade de nichos que se revelam cada vez mais globais, escolhendo obras que flutuam entre a performance, as artes visuais e o vídeo-jogo, passando por concertos de fusão pop-electrónica, afro beat, post hardcore e metal.”
Mais ainda, que
“Abre-se ainda espaço a uma parceria com o projecto Performing Identity Erasmus+ – no âmbito da formação para profissionais – através do desenvolvimento de um grupo de crítica e workshop pensados para um grupo de 17 estudantes provenientes da Irlanda, Bruxelas e Polónia, instigando novos olhares sobre o tema: identidades colectivas.”
E por fim, que
“A programação centra-se então numa zona de procura pelo intermédio, onde se continua a aprender a ser uma minoria da maior forma possível.”
Entendeu? Está tudo dito..
Flagrante pergunta: VEXA está contente com o que se sabe?