A UNICEF Portugal lança a iniciativa “Prioridade às Crianças”, na qual convida crianças e adultos, a enviar cartas aos partidos candidatos apelando à ação política. Com as eleições legislativas já dia 10 de março, realçam a importância da “defesa dos direitos da criança”.
As cartas estão disponíveis no site da UNICEF até dia 8 de março. Existem duas versões: uma para crianças e outra para adultos. Para participar, só tem de escolher a carta que quer enviar e preencher a informação necessária.
A carta das crianças destaca as “preocupações identificadas” durante a consulta nacional “Tenho Voto na Matéria”, na qual 12 mil crianças e jovens partilharam as suas opiniões e ideias. O documento salienta a importância de “conhecer as ideias e opiniões das crianças”, com foco na participação ativa, igualdade de oportunidades, acesso à educação e cuidados de saúde de qualidade, e proteção contra violência e perigos no mundo digital.
A dos adultos reforça a “necessidade de priorizar as crianças na agenda política”, destacando a situação de pobreza de “uma em cada cinco” crianças em Portugal. Apela à criação de uma pasta ministerial para a coordenação da infância e adolescência, medidas para erradicar a pobreza infantil, investimento em serviços essenciais e garantia de prevenção e proteção contra todas as formas de violência.
“A UNICEF Portugal, no cumprimento da sua missão, acompanha e monitoriza a situação das cerca de 1,8 milhões de crianças que vivem em Portugal. Contudo, em 2024, ainda há milhares de crianças no país sem a garantia plena dos seus direitos. Todas as crianças em risco de pobreza, que vivem em situação vulnerável, em perigo ou sem acesso a cuidados de saúde de qualidade merecem uma mudança significativa nas suas vidas. Ao convidarmos todas as crianças e adultos a escreverem aos partidos políticos, estamos a dizer em conjunto que as medidas para defender as crianças não só as beneficiam diretamente, como também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. O efeito multiplicador do investimento na criança tem de ser valorizado”, partilha a Diretora Executiva da UNICEF Portugal, Beatriz Imperatori.
