“Um homem íntegro, culto, humanista e um vulto eminente da cultura algarvia e nacional”, considerou o presidente da câmara municipal
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As cerimónias oficiais do Dia da Fundação da Cidade, em Vila Real de Santo António, terminaram com o início das homenagens ao professor António Rosa Mendes, falecido há cerca de um ano, que se prolongarão ao longo deste mês de maio. O primeiro ato foi a atribuição do seu nome ao Arquivo Histórico Municipal, com a presença da sua viúva, Lourdes Rosa Mendes, e de outros familiares.
“Não se trata de uma homenagem da câmara municipal, mas sim de uma homenagem de todos os cidadãos vila-realenses e de todo o concelho. É o concelho de Vila Real de Santo António que se engrandece ao homenagear António Rosa Mendes”, frisou o presidente da Assembleia Municipal, José Carlos Barros.
No mesmo sentido, o presidente da câmara municipal, Luís Gomes, sublinhou que a decisão de homenagear António Rosa Mendes resultou de uma “união de esforços de todas as forças políticas do concelho” e que se trata de “um processo do município no seu todo e não apenas da câmara municipal”, destacando ainda a “transversalidade total” que António Rosa Mendes “sempre teve e que é preciso respeitar”.
“Um homem íntegro, culto, humanista e um vulto eminente da cultura algarvia e nacional”, considerou o edil vila-realense.
No próximo dia 21, a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António irá apresentar publicamente o Prémio Nacional de Ensaio Histórico António Rosa Mendes, dando a conhecer o júri e o regulamento do concurso que pretende homenagear aquele historiador e advogado vila-realense.
A autarquia pretende ainda editar dois livros sobre António Rosa Mendes, da autoria de Carlos Campaniço e Neto Gomes, respetivamente.
Lourdes Rosa Mendes agradeceu as homenagens, em nome de toda a família, e proferiu uma frase de Fernando Pessoa, que acabou por refletir o sentimento de todos os que marcaram presença, na terça-feira, no Arquivo Histórico da cidade pombalina: “Morrer é apenas não ser visto”.
Domingos Viegas
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