Apresentados os eventos que vão marcar a agenda cultural da capital algarvia em 2023

A autarquia e as associações do concelho divulgaram esta segunda-feira, cerca de cinco dezenas de festivais, eventos e exposições

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A programação cultural do município de Faro para este ano será marcada pelo regresso de vários eventos afetados pela pandemia de covid-19, como o South Music, o Açoteia – Faro Rooftop Festival e o Baixa Street Fest, avançou esta segunda-feira a autarquia.

O South Music, em junho, vai dar espaço aos jovens músicos emergentes da região algarvia, o Açoteia, em julho, voltará a mostrar ao público mais de três dezenas de terraços da cidade e o Baixa Street Fest animará a baixa da cidade todas as sextas-feiras de julho e agosto, depois de terem sido suspensos em 2022.

A autarquia de Faro e as associações do concelho divulgaram esta segunda-feira, num encontro com a comunicação social, cerca de cinco dezenas de festivais, eventos e exposições marcados para o ano em curso, numa agenda encabeçada pela já tradicional Concentração de Motos, em julho, e pelo Festival F, em setembro.

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“Há o retomar de um conjunto de iniciativas que tivemos de manter paradas por causa da pandemia e da guerra [na Ucrânia]. O South Music é um momento importante por ser uma mostra que tem muito de formação, mas vamos também ter o regresso do Açoteia”, destacou aos jornalistas Bruno Inácio, chefe de divisão de Cultura da Câmara de Faro.

No calendário de ações promovidas pela autarquia, estão ainda Bandas às Figuras, Festival Os Dias do Jazz, Primavera Literária, A Bordo com… Dino d’Santiago, Figuras à Rampa e Festival Dance, Dance, Dance, além das exposições de obras de Manuel Batista e Nadir Afonso.

Já os eventos Algarve Design Meeting, Mochila – Festival de Teatro para Crianças e Jovens, Faro Blues, Folkfaro, Mar Motto, BoCA – Bienal de Arte Contemporânea, MOMI – Festival Internacional de Teatro Físico, Algarve Music Series, Semana do Modernismo e Festival Internacional do Órgão do Algarve, entre outros, serão promovidos pelas várias associações culturais da capital algarvia.

Depois de Faro ter sido uma das candidaturas eliminadas no processo de candidatura a Capital Europeia de Cultura em 2027, que teve vitória de Évora, a ‘herança’ passa por manter a marca da cultura como um fator diferenciador no concelho, sob a égide do Plano Estratégico para a Cultura de Faro 2030.

“É difícil olhar para Faro e não pensar numa cidade ou município com perspetiva de desenvolvimento baseada na cultura e na criatividade. O processo de candidatura a Capital Europeia da Cultura veio mostrar muito isso e estas iniciativas são o espelho disso, procurando através delas derrubar barreiras e procurar novos públicos”, disse Bruno Inácio.

O presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, lembrou que 2022 foi “o pior ano de governação devido à subida dos gastos com energia” – de dois para oito milhões de euros –, obrigando a menor investimento na área, o que considera ultrapassado.

“Para 2023, temos tudo organizado. Sabemos o que cada uma das entidades vai fazer e já temos o financiamento garantido. Enquanto no ano passado, apoiávamos o FolkFaro em agosto e o Festival de Órgão em novembro, temos tudo já previsto e calendarizado para que saibam já com que financiamento contam. Será mais fácil para todos”, realçou.

A Câmara de Faro mantém o compromisso de destinar 10% do orçamento global para o setor cultural, com uma estratégia dupla que visa consolidar o que “dá notoriedade” ao concelho e tentar criar novos agentes culturais, frisou o autarca.

“As pessoas pensam que estamos a meter dinheiro para o Festival F ou noutros eventos. Quando falamos em 10% para a cultura, é em termos gerais. Há orçamento para a biblioteca [municipal], há orçamento para o museu [municipal], há orçamento para equipamentos culturais. Para nós, isso é tudo cultura”, acrescentou Rogério Bacalhau.

O apoio ao associativismo cultural já contempla mais de 50 entidades. “São números que nos orgulham. Quando iniciámos [em 2013] os nossos mandatos – e este é o terceiro –, tínhamos 14 agentes ou associações da área cultural apoiados. Hoje temos 53 e vamos ver o que é que temos este ano. São quatro vezes mais”, sublinhou o presidente da câmara.

O chefe de divisão de Cultura, Bruno Inácio, sustentou que avançará “algo de raro no país, com a possibilidade de ter apoios bienais ou trienais”, a dois e três anos, para “trazer estabilidade a um conjunto de agentes profissionais que procuram uma fase de profissionalização, que é difícil de conseguir, ao passar da lógica amadora para a lógica profissional”.

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