Na sequência do pedido de “reunião urgente” ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, relativamente ao agravamento da situação dos serviços de saúde de proximidade em Monchique, o presidente da autarquia, Paulo Alves, apresentou o projeto de regulamento municipal de apoio à fixação de médicos no concelho, tendo sido aprovado por unanimidade.
O referido projeto visa “criar mecanismos de apoio à fixação de médicos no concelho e consequentemente na promoção e salvaguarda dos interesses da população e na melhoria dos cuidados de saúde no concelho, sobretudo na área da medicina familiar, com particular atenção para o tratamento, mas também para a vigilância, rastreio e prevenção nas diversas valências, nomeadamente saúde materno-infantil, planeamento familiar, diabetes, hipertensão e doenças oncológicas”, descreve o município em comunicado.
No que concerne à ponderação de custos e benefícios das medidas projetadas, “verifica-se que os benefícios são claramente superiores, implicando a comparticipação no arrendamento de habitação ou, em alternativa, apoio à deslocação; isenção no pagamento de taxas relativas a licenças de construção, beneficiação e ampliação de casa para habitação própria e permanente, incluindo anexos e garagens, desde que situada no concelho de Monchique; acesso gratuito aos equipamentos municipais, extensivo aos restantes membros do seu agregado familiar e acesso gratuito aos espetáculos culturais, promovidos pelo município”.
Segundo a Câmara Municipal, a proposta visa “reforçar o empenhamento do município na procura e melhores soluções para Monchique, face ao cenário atual de incapacidade dos serviços de saúde na renovação do quadro médico perante uma população envelhecida num concelho marcado pela periferia e problemática de interioridade”.