CCDR e AMAL desafiam freguesias à valorização de recursos endógenos

A sessão intitulada “Desenvolvimento e valorização de recursos endógenos em territórios de baixa densidade” teve lugar no Museu do Traje

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A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) desafiaram as freguesias a participar na valorização dos recursos endógenos na região, durante uma sessão que decorreu a 3 de outubro.

A sessão intitulada “Desenvolvimento e valorização de recursos endógenos em territórios de baixa densidade” teve lugar no Museu do Traje, em São Brás de Alportel, onde foram apresentados os resultados do trabalho que foi desenvolvido no âmbito do Plano de Ação para Desenvolvimento dos Recursos Endógenos (PADRE), além dos próximos desafios e oportunidades no quadro do Programa Regional Algarve 2030.

O presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro, o primeiro secretário da AMAL, Brandão Pires e o presidente da CCDR, José Apolinário, participaram na sessão de abertura.

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José Apolinário destacou a importante de “projetar o futuro” e alertou para a exigência da atualidade e para a necessidade “do apoio dos municípios, das freguesias e do trabalho em rede”.

Uma vez que, segundo o comunicado, registou-se uma descida no interior e uma subida da idade média, o presidente da CCDR apelou à apresentação e dinamização de novos projetos dos municípios e freguesias, sendo “a aposta em aldeias inteligentes e digitais” uma das ambições para o futuro.

Já Vítor Guerreiro destacou “a importância do apoio do Programa Operacional Regional CRESC Algarve 2020 para o desenvolvimento de projetos em São Brás de Alportel, entre os quais a Casa da Memória da Estrada Nacional 2, importante recurso que gerou grande dinâmica e atratividade, bem como a Casa da Serra em Parises, pequeno centro interpretativo da Serra do Caldeirão, que revisita tradições e saberes ancestrais”.

Durante o debate “Plano e Ação de Desenvolvimento dos Recursos Endógenos: Que resultados?” foram apresentados os impactos nas comunidades e nos territórios rurais e de baixa densidade, além de terem sido aprovadas 47 operações com um investimento total de 16.9 milhões de euros e uma comparticipação prevista de 11,9 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Atualmente o PADRE regista uma taxa de execução de 87% que corresponde a investimentos concretizados no valor de 11,2 milhões de euros.

Estes dados foram apresentados pela secretária técnica do Programa Regional do Algarve 2030, Filomena Coelho, que integrava um painel juntamente com Artur Gregório da associação In Loco, Aura Fraga da Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste, Ricardo Bernardino da Associação Terras do Baixo Guadiana, Sérgio Inácio da AMAL e João Carlos Simões da ANAFRE.

A segunda parte da sessão, intitulada “PADRE 2030: renovados desafios e oportunidades”, contou com a apresentação do projeto “Aldeias Inteligentes”, pelo consultor Oliveira das Neves.

Brandão Pires reforçou ainda “a importância do PADRE para os territórios rurais e de baixa densidade populacional, a necessidade de uma maior intervenção da AMAL, de revisitar o tema do ordenamento do território e de mobilizar municípios e juntas de freguesia”.

Salientou ainda que “relevância de uma análise ao território abrangido pelo PADRE, devido às suas diferentes características, sustentando uma abordagem integrada no potenciar dos seus recursos”.

Já o vogal executivo do Programa Regional Algarve 2030, Aquiles Marreiros, ficou a cargo de moderar este painel mas salientou que “as principais diferenças face ao período 2020, designadamente a reforço da dotação do PADRE”, que vai contar com mais de 30 milhões de euros, são “a prioridade ao robustecimento de cadeias de valor associadas aos recursos endógenos regionais, alinhados com os domínios de especialização inteligente, procurando que, também os territórios, se especializem e sejam fator de atração e fixação de investimento, talento e emprego”, bem como “a oportunidade de complementar intervenções e financiamentos com outros fundos, instrumentos territoriais e programas”.

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