Centeno não está convencido que regime de residentes não habituais seja problema

Mário Centeno falava durante a apresentação do “Boletim Económico”

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O governador do Banco de Portugal (BdP), natural de Vila Real de Santo António, afirmou na quarta-feira, dia 4 de outubro, não estar “completamente” convencido de que programas como o dos residentes não habituais seja o problema do mercado habitacional, ressalvando que o fim da mesma é uma questão política.

Mário Centeno falava durante a apresentação do “Boletim Económico” de outubro, no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

“Confesso que não estou completamente convencido que seja esse o problema, mas é uma questão política”, afirmou o responsável do regulador bancário, quando questionado sobre o fim da taxa especial para novos residentes não habituais.

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Em causa está o anúncio feito pelo primeiro-ministro, na segunda-feira, dia 2 de outubro, de que em 2024 o Governo vai acabar com a taxação especial para os residentes não habituais, por considerar que a medida já cumpriu a sua função e “não faz sentido” mantê-la.

Mário Centeno sublinhou que “o ciclo de investimento residencial em Portugal foi muito penalizado pelo programa de ajustamento, que fez contrair o setor da construção durante muitos anos”, pelo que o país estabeleceu programas como este para captar investimento.

“É preciso entender o contexto histórico em que tudo isto aconteceu. Se se entende que se pode e deve terminar com estes e outros programas no contexto que podem adicionar mais pressão” ao mercado habitacional é uma decisão política, afirmou.

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