Centro de Saúde de Tavira recusa atender grávida por se aproximar hora de fecho

Descoordenação deixa grávida de risco sem tratamento

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Uma grávida, considerada de risco, recorreu à linha de Saúde 24, no passado domingo, por episódio de “falta de ar” tendo sido encaminhada para o Centro de Saúde de Tavira que recusou o atendimento por se aproximar a hora de encerramento do referido centro.

Asmática desde a adolescência, esta grávida de quarenta anos, com diversos problemas de saúde que a levam a ser considerada de risco, ligou para aquele serviço por desconhecer se os habituais medicamentos utilizados para a asma seriam adequados para o seu estado. Não dando resposta ao solicitado e face aos sintomas, aquela linha de apoio considerou importante ser vista por um médico e mandou-a para o Centro de Saúde de Tavira, apesar de haver serviço de urgência na sua cidade, Vila Real de Santo António.

Ao chegar ao Centro de Saúde e informando que tinha sido encaminhada pela Saúde 24, recusaram atendê-la, às 16h30, por se aproximar a hora de encerramento, uma vez que a cidade de Tavira não tem serviço de urgência permanente. 

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Alertados para o facto de não se tratar de uma consulta de rotina mas de um encaminhamento da linha de apoio, mantiveram a decisão, adiantando que estavam sem sistema informático, não foram informados da sua ida e que a Saúde 24 deveria saber o horário de funcionamento do Centro.

Questionados pelo JA sobre a recusa de atendimento de uma mulher grávida de risco com um episódio de asma, reiteraram a informação já dada à grávida: “a Saúde 24 tem obrigação de saber o horário de funcionamento do centro, está quase na hora de sair, há mais pessoas para atender, é essa a razão porque não atendemos”, justificou a médica de serviço, apesar de lá se encontrar outro médico que desconhecemos se estaria de serviço ou simplesmente de visita. Adiantou, ainda, que deveria ter ido para o serviço de urgência de VRSA. O tempo usado para justificar a falta de consulta, certamente, teria dado para assistir a doente.

A grávida apresentou reclamação escrita, continuou com falta de ar e teve que regressar a casa sem qualquer tratamento.

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