Cortes na saúde: Menos um médico e menos horas de consulta em Alcoutim

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Autarquia considera que se trata de “mais uma ‘machadada’ na assistência médica neste concelho”

Domingos Viegas

A Câmara Municipal de Alcoutim já lamentou que os cortes orçamentais realizados pelo Governo na área da saúde tenham levado a que o centro de saúde local passe a funcionar com menos um médico e a encerrar às 18h00, em vez das 21h00. Para a edilidade, trata-se de “mais uma ‘machadada’ na assistência médica neste concelho”.

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O Jornal do Algarve já tinha alertado para esta situação na edição impressa do passado dia 23 de maio, fazendo eco da preocupação do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEF).

“Não é admissível que a redução da despesa se torne uma obsessão ao ponto de colocar em causa a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde, sobretudo quando o ministro da Saúde afirma que os cuidados de saúde primários devem ser reforçados”, referiu o SEP na altura.

O sindicato considerou mesmo o caso de Alcoutim, e a situação dos utentes daquele concelho, como um dos mais preocupantes no âmbito dos cortes levados a cabo pelo Governo: “Retiram-lhe a possibilidade de serem acompanhados por um enfermeiro, em casa; retiram-lhe a possibilidade de fazer esse tratamento no centro de saúde porque está previsto também o seu encerramento após as 18h00, bem como aos domingos e feriados a partir de 1 de junho; e remetem-no, sem transporte, para a única hipótese pública disponível que fica a 40 quilómetros… o SUB de Vila Real de Santo António.”

A autarquia alcouteneja recorda que o primeiro corte aconteceu há cerca de seis anos, com o encerramento do SAP, equipamento que resolvia 99 por cento das situações de doença que ocorriam no concelho, e com o encerramento das extensões de saúde do Pereiro e Giões.

“É lamentável que a situação financeira que o país vive afete principalmente as populações mais envelhecidas, isoladas e desprotegidas do interior do país”, lamenta a edilidade de Alcoutim em comunicado enviado às redações.

O executivo liderado por Francisco Amaral já garantiu que se encontra disponível “para, no âmbito das suas competências, encontrar uma solução que não seja tão penalizadora para as gentes deste concelho da serra algarvia”.

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