Covid-19: NERA quer que se limitem prejuízos e se prepare o futuro

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A Associação de Empresários da Região do Algarve (NERA) considera como “globalmente positivas” as medidas já anunciadas pelo governo no que diz respeito à economia e às empresas no que respeita à crise do Covid-19 e apelou a que “se limitem prejuízos e se prepare o futuro”.

Em comunicado, a associação dirigida por Vítor Neto elogiou os apoios financeiros concedidos pelo Executivo, nomeadamente a linha de crédito de 200 milhões para todo o País, “para apoiar a tesouraria das empresas que tenham uma quebra abrupta de vendas e de receitas”.

Também no que respeita apoio ao Emprego, “regozijou-se pela concessão de apoio partilhado entre segurança social e empresas, para manter contratos de trabalho (Lay Off) em situações com excesso momentâneo de mão de obra, por quebra de atividade”.

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Enunciou ainda a linha de crédito de 60 milhões de euros para «microempresas do turismo».

“Ninguém sabe quando e como vai terminar a crise provocada pela pandemia do COVID-19. Em poucas semanas a vida do país alterou-se profundamente. A economia está à beira de uma crise de evolução imprevisível. Vivemos um preocupante quadro de incerteza política e económica, europeia e mundial”, sublinha o NERA.

Considerando inegável que a questão fundamental e prioritária “é sem dúvida a saúde e a vida dos portugueses”, o NERA observa que os empresários “pela sua responsabilidade social perante o País e a região, têm de ser capazes de enfrentar o quadro económico que aí vem”.

“Os empresários do Algarve têm de preparar, desde já, uma estratégia de intervenção capaz de responder ao impacto da crise imediata e de médio prazo, na economia do Algarve. É o futuro das empresas, do emprego e da própria região que o exige”.

Segundo a organização, o Turismo internacional vai ser um dos setores mais atingidos pelas consequências da epidemia de coronavírus.

“É fácil perceber que uma diminuição das viagens internacionais, nomeadamente na Europa, o maior destino turístico do mundo (50%), terá consequências para Portugal e para o Algarve, pois é daí que provêm mais de 85% dos turistas estrangeiros que recebemos”, enuncia o comunicado.

Sublinhando que o Turismo é um dos principais setores da economia nacional (14,6% do PIB) e o maior setor exportador do país (19 mil milhões euros/2019), observa que o setor constitui o motor da economia da Região.

“O Algarve, além de ser o principal destino turístico do país (de nacionais e estrangeiros), contribui para cerca de metade dos valores referidos. Uma quebra abrupta de receitas do Turismo teria consequências graves no PIB do país, na sua Balança Comercial de Bens e Serviços e também na dívida externa”.

O Algarve seria também a região mais penalizada com consequências incalculáveis na sua economia e, desde logo, nas empresas e no emprego.

“O Algarve, por exemplo, no conjunto dos meses de março, abril, maio e junho de 2019, registou 1,8 milhões de hóspedes (80% estrangeiros), com 7,3 milhões de dormidas (80% estrangeiros). Valores que representam cerca de 35% do total do ano na região e de 10% no País. Se imaginarmos uma acentuada quebra da chegada de turistas, podemos ter uma ideia das graves consequências no plano financeiro, para as empresas e a economia da Região”, sustenta o NERA.

Considerando que “é preciso agir” e apelando a que se limitem os prejuízos e prepare do futuro, a Associação sublinha a necessidade de apoiar as empresas da região para aceder aos programas de apoio, atuar junto do governo para a concretização de outras propostas para as empresas da região e colaborar com outras associações e entidades para estes objetivos.

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