Depois de o Senado ter aprovado a destituição da Presidente brasileira, Dilma Rousseff reiterou esta quinta-feira que não cometeu nenhum “crime de responsabilidade” para manobrar as contas públicas e que está a ser vítima de um “golpe” levado a cabo pela oposição.
“Exerci o meu mandato de forma digna e honesta. Posso ter cometido erros, mas não crimes”, declarou a governante numa conferência de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.
Dilma lamentou aquilo que considera ser uma “injustiça” e garantiu que irá utilizar todos os meios legais para se defender perante a Justiça e provar a sua inocência. “A maior das brutalidades que pode ser cometida contra qualquer ser humano é puni-lo com o um crime que nunca cometeu (…). Esta farsa jurídica deve-se ao facto de eu nunca ter aceitado chantagem de qualquer natureza”.
Sublinhando momentos difíceis da sua vida, como a ditadura e o cancro, Dilma prometeu não baixar os braços na nova luta. “Já sofri a dor indizível da tortura, a dor aflitiva da doença e agora sofro a dor inominável da injustiça. Mas eu não esmoreço. A população saberá dizer não ao golpe. A luta contra o golpe é longa e é uma luta a vamos vencer”.
A chefe de Estado brasileira manifestou-se confiante de que o país conseguirá ultrapassar esta fase, sem colocar em causa a democracia “A luta pela democracia não tem data para terminar”, insistiu.
(Rede Expresso)