Manuel Jarmela Palos demitiu-se esta terça-feira do cargo de diretor nacional dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Abandona funções ao fim de nove anos e meio, protagonizando a primeira ‘bomba’ no seio das forças policias e serviços de segurança. Nunca antes um dirigente máximo havia sido detido.
O pedido foi dirigido ao primeiro-ministro uma vez que Miguel Macedo se demitiu do cargo de ministro da Administração Interna no domingo e a nova ministra, Anabela Rodrigues, só tomará posse na quarta-feira, noticia a agência Lusa, que cita fonte oficial do gabinete de Pedro Passos Coelho.
O Ministério Público deu hoje a conhecer as medidas de coação aos 11 detidos, na passada quinta-feira, na ‘Operação Labirinto’ de investigação à atribuição do programa do governo dos vistos gold, que prevê autorizações de residência a estrangeiros a fim de captar investimento não comunitário. No meio, apanhados altos quadros do Estado.
O diretor do SEF, acusado de dois crimes de corrupção passiva, fica em prisão preventiva, mas esta medida poderá ser convertida em pulseira eletrónica.
Manuel Palos tomou posse a 6 de maio de 2005 como dirigente máximo do SEF, onde tinha ingressado em 1993. Ao fim de nove anos, seis meses e doze dias é obrigado a deixar para trás o cargo de liderança por causa do escândalo sem precedentes. Sem grande surpresa, face ao rol de acontecimentos, oficializa-o e sai, pelo menos, com a imagem manchada.
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