A desordem instalou-se na Penitenciária Estadual de Cascavel, na zona oeste do Paraná, a sul de São Paulo, Brasil, durante o pequeno almoço de domingo, quando um grupo de prisioneiros se rebelou. Depois de seis reclusos e dois guardas prisionais terem sido feitos reféns, o departamento penitenciário do Paraná confirmou a morte de quatro pessoas, cuja identidade ainda está por confirmar.
Um dos agentes feito refém acabou por ser libertado. Outros quatro reféns não tiveram tanta sorte. Dois foram decapitados e outros dois foram atirados do telhado, local escolhido para a negociação com a polícia pelos presos que se rebelaram.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários no Paraná, Anthony Jhonson, no local, afirma porém que já morreram cinco pessoas durante o motim. Também por confirmar surge a informação de que existem feridos dentro da prisão.
O jornal “Globo” conta que cerca de metade da população da prisão de Cascavel, cerca de 500 reclusos, está envolvida na insurreição. Quando o motim começou, na manhã de domingo, apenas nove guardas prisionais se encontravam no local, o que facilitou a rebelião dos detidos.
Na origem dos desacatos estará uma briga entre diferentes grupos, que depressa se transformou na exigência de melhores condições no que toca, por exemplo, às visitas e às refeições. A prisão está cercada por forças policiais, que além de tentarem dialogar e negociar com os reclusos procuram evitam a fuga destes em massa. Os prisioneiros pedem para ser tratados com “dignidade”.
Dados de dezembro de 2012 (os mais recentes disponíveis na página do Ministério da Justiça brasileiro) indicam que, para 22.645 reclusos, em todo o estado do Paraná, existem 3515 guardas prisionais. Ou seja, um guarda para cada oito reclusos, na melhor das hipóteses.
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