Embarcação será sala de aula para alunos e investigadores da UAlg

A inauguração da embarcação construída pela Nautiber decorreu em Vila Real de Santo António

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Uma nova embarcação, batizada de “MarUAlg”, vai ser a “sala de aula” ou o “laboratório” para alunos e investigadores da Universidade do Algarve (UAlg), que vão ter a oportunidade de usufruir de lições mais práticas em plena Ria Formosa.

A inauguração da embarcação construída pela Nautiber decorreu na segunda-feira, dia 26 de junho, no Centro Náutico 818, em Vila Real de Santo António, com a participação do reitor Paulo Águas, da vice-reitora Alexandra Teodósio e do proprietário da empresa de construção naval, Rui Roque.

Financiado com 129 mil euros mais IVA do Plano de Recuperação e Resiliência português, este novo barco é dirigido aos alunos de cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento ligados às áreas do mar, que ficam assim com um acesso mais fácil à rede de estações marinhas e a uma diversidade de ecossistemas aquáticos que existem na costa algarvia.

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Tanto os alunos como os investigadores ficarão com um acesso mais direto a um ensino de qualidade, com aulas mais práticas e em contexto real, numa embarcação que tem a capacidade para cerca de 20 pessoas.

Para o reitor, este barco “é um equipamento de ensino que, simultaneamente, será também um equipamento de investigação, porque não se faz ensino sem investigação”.

Paulo Águas refere também que a embarcação vai ficar na posse do diretor da Faculdade de Ciência e Tecnologia e que serão as unidades orgânicas a utilizá-lo.

“No fundo, não é comparar o barco com o quadro digital, mas nós quando compramos os quadros digitais estamos a melhorar as salas de aula. Nós com este barco, que foi construído na nossa região, estamos também a melhorar os nossos equipamentos par o ensino e investigação nesta área”, acrescenta.

Já a vice-reitora, Alexandra Teodósio, considera que “o que motivou a candidatura foi o facto da UAlg ser uma universidade com muito ensino e investigação na área do mar, mas em termos de acesso ao mesmo é algo que não é muito facilitado nas atividades”.

“Fui estudante da UAlg há muitos anos e as amostragens que fazíamos e como lidávamos com os equipamentos era muito demonstrativo. Ter a possibilidade de ter um barco que leve uma turma inteira e que demonstre as atividades que podem servir para disciplinas como Oceanografia Física, Química, Biológica, Ecologia Marinha, acho que tem um potencial enorme”, refere.

O sócio-gerente da Nautiber, localizada a sul de Vila Real de Santo António, afirma que esta embarcação “é diferente porque é para a UAlg, uma entidade que está próxima”.

“É sempre saudável fortalecer esta ligação da indústria com a UAlg e este é um equipamento muito específico para trabalhar no Algarve. Esse é o grande significado que isto tem”, considera.

Para Rui Roque, esta embarcação é “ligeiramente diferente daquelas que costumamos fazer”, pois “foi preparada para fazer trabalhos de investigação”.

“No fundo tem as dimensões para poder trabalhar nos canais secundários da Ria Formosa, que é uma das áreas onde eles pretendem trabalhar com a embarcação. É uma embarcação muito prática, com pouca manutenção, muito simples, mas desenhada de acordo com aquilo que a UAlg pretendia. Tem dois motores de 110 cavalos para garantir uma velocidade mínima à embarcação em termos de deslocação e terem alguma potência para também trabalharem no mar. Pode sair da barra e trabalhar em mar aberto”, conclui.

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