Escalada da guerra civil iminente na Síria

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Alerta vem do secretário-geral da ONU, após observadores terem sido impedidos de chegar ao local onde as forças da oposição síria dizem ter ocorrido um novo massacre de civis que vitimou cerca de 80 pessoas.

A comunicação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alerta para o facto de uma escalada da guerra civil na Síria estar iminente.

A advertência é feita horas depois de observadores da ONU terem sido impedidos de chegar ao local onde a oposição síria afirma que as forças governamentais levaram a cabo um novo massacre de civis, matando pelo menos 78 pessoas, entre as quais mulheres e crianças.

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O regime sírio nega a ocorrência deste massacre, afirmando que se trata de acusações sem fundamento, ao mesmo tempo que insiste que tem procurado facilitar o trabalho dos observadores da ONU no país.

Conversações para grupo internacional de contacto

O mediador internacional Kofi Annan confirmou hoje que “estão a decorrer conversações sobre a hipótese de se criar um grupo” de contacto internacional sobre a Síria.

Esse grupo deverá “incluir países que têm uma influência sobre um e outro campos, o Governo e a oposição”, indicou Kofi Annan em conferência de imprensa, sem revelar a lista dos membros do grupo.

Em resposta a uma pergunta, o responsável sublinhou, contudo, que “o Irão é um país importante da região” e disse “esperar que o Irão participe na resolução” da crise síria. “As conversações sobre a participação [deste ou daquele país] neste grupo de contacto estão num estádio muito preliminar”, acrescentou.

Ban Ki-moon considera que o novo grupo de contacto é “uma ideia muito boa”, mas que os participantes ainda não tinham sido definidos. Segundo alguns diplomatas, o grupo poderá incluir os países ocidentais e potências regionais como a Turquia e a Arábia Saudita, bem como a Rússia e a China, dois aliados de Damasco.

Controversa participação do Irão

A participação do Irão, outro aliado de Damasco mas que está envolvido num braço de ferro com o Ocidente sobre o seu programa nuclear, é mais controversa: Washington, Londres e Paris declararam-se contra a inclusão do Irão.

Inquirida sobre este assunto, a embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice, afirma que o Irão “faz parte do problema” na Síria, devido ao seu “apoio ativo” ao Governo sírio.

“[Teerão] não demonstrou estar disposta a contribuir de forma construtiva para uma solução pacífica” na Síria”, acrescenta.

Alexandre Costa (Rede Expresso)
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