A maioria dos espanhóis considera que o país não vai escapar a um resgate, mas o euro não corre o risco de acabar. Merkel mostrou-se agradada com as reformas, disse Rajoy.
Cerca de 62% dos espanhóis acreditam que será inevitável o apoio do Fundo de Resgate Europeu, à semelhança da Irlanda, Grécia e Portugal, revela uma sondagem divulgada pelo jornal “El País”.
Segundo o mesmo inquérito, a moeda única não vai acabar, dizem 69% dos espanhóis, enquanto apenas 27% desejam que a peseta volte a ser a moeda nacional.
No domingo, o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy afastou a hipótese de um resgate à banca e garantiu que todas as medidas anunciadas pelo Governo receberam o total apoio de Angela Merkel.
“A senhora chanceler alemã mostrou-se favorável a todas as reformas que se estão a fazer em Espanha, especialmente as que visam a transparência das nossas instituições financeiras”, disse o governante, citado pelo “El País”.
Rajoy sublinhou que Espanha continuará a apostar na redução da despesa pública, com vista ao equilíbrio das contas públicas, além do aumento da competitividade.
Austeridade e crescimento
“Vamos continuar por esse caminho para sermos mais competitivos e poder vender melhor os nossos produtos lá fora “, acrescentou.
Questionado sobre a conjugação do binómio austeridade e crescimento, o primeiro-espanhol defendeu que essa visão “não faz sentido”.
“O controlo da despesa pública e as reformas estruturais continuarão a ser a base da nossa política económica. Isso é que nos levará ao crescimento”, garantiu.
A reunião entre Mariano Rajoy e Angela Merkel realizou-se durante um passeio de barco, à margem da Cimeira do G-8, que decorreu este fim de semana em Chicago, nos Estados Unidos.