À semelhança da Irlanda, também o Governo português quer antecipar o pagamento do empréstimo internacional. Numa carta enviada há sete dias ao FMI, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, efetuou um pedido formal para o reembolso de mais de metade, cerca de 14 mil milhões de euros, do valor total do empréstimo, 26 mil milhões.
O objetivo do Executivo é poupar nos juros do FMI que são mais elevados face às baixas taxas que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) se financia no mercado.
O pedido terá, contudo, que obter a autorização do Fundo Monetário Internacional e dos parceiros europeus, ambos credores do programa de ajuda externa, um processo que poderá levar algum tempo. Na reunião do Eurogrupo de quarta-feira o caso deverá começar a ser discutido.
A intenção do Governo português foi avançada pelo Expresso em agosto passado e confirmada no passado dia 21 de janeiro por Maria Luís Albuquerque na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
A governante explicou que o Governo iria iniciar os “procedimentos necessários” para antecipar o pagamento ao FMI, dada a existência de “um montante de reservas de liquidez muito significativo”.
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