Grécia. Negociações com instituições começam quarta-feira. Varoufakis levou “puxão de orelhas”

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Primeiro foi Alexis Tsipras a anunciar o fim da Troika, agora foi a vez de Yannis Varoufakis decretar que “a Troika acabou”. O ministro grego das finanças refere-se ao símbolo da austeridade, porque as negociações com as três instituições – Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional – são para continuar.

No final da reunião do Eurogrupo, o Presidente Jeroen Dijsselbloem voltou a reforçar que não “há mais tempo a perder”, adiantando que ficou acordado que as negociações entre as autoridades gregas e as instituições começariam na quarta-feira.

Os encontros com os chefes de missão vão ter lugar em Bruxelas. Segundo Dijssebloem vão servir para definir as reformas. Ao mesmo tempo haverá técnicos das instituições a visitar Atenas. Estas discussões deverão ser essenciais para fazer o levantamento da situação económica e das contas públicas gregas, tal como para perceber as reais necessidades de liquidez da Grécia.

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Os parceiros europeus deixaram hoje claro que qualquer avanço nas negociações e um eventual adiantamento de verbas estão dependentes do trabalho que for feito a partir de agora e principalmente da implementação das reformas.

Fonte europeia adianta que, durante a reunião, Varoufakis teve pouco tempo para falar sobre as sete reformas que enviou, por carta, a Jeroen Disselbloem. Os parceiros do euro terão deixado claro que as negociações técnicas não se fazem nas reuniões do Eurogrupo, mas com as instituições, tal como sempre aconteceu até aqui, não só com a Grécia, mas também com Portugal.

Segundo a mesma fonte, o ministro grego terá ainda ouvido críticas sobre a forma como tem gerido a comunicação. Varoufakis respondeu que têm sido os jornalistas a interpretar mal algumas das suas declarações.

O ministro grego das Finanças terá garantido aos homólogos não ter dito, por exemplo, que pagaria ao FMI mas que punha em causa o reembolso ao BCE – declarações publicadas no final de fevereiro. Ainda ontem, depois de uma entrevista ao “Corriere della Sera”, o governo grego desmentiu uma das frases publicadas pelo jornal italiano, segundo o qual Varoufakis admitia um referendo sobre a permanência do Euro. Segundo um comunicado, o ministro referia-se a um referendo sobre o conteúdo das reformas e da política orçamental.

RE

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