Homicídio na serra terá sido “ajuste de contas” entre grupos rivais

A vítima mortal, de 35 anos, pertencia ao conhecido grupo de motociclistas Hells Angels

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A Polícia Judiciária (PJ) desconfia que o assassínio de um homem, no dia 2 de dezembro, no concelho de Faro, por cinco suspeitos detidos esta sexta-feira, se tratou de um “ajuste de contas” relacionado com o “tráfico e consumo de estupefacientes”.

“Poderá tratar-se de alguma questão mal resolvida” ou de “um ajuste de contas” relacionado com o “tráfico e consumo de estupefacientes”, disse o diretor da Diretoria do Sul da PJ, Fernando Girão, numa sessão de esclarecimentos à imprensa que teve lugar esta tarde em Faro.

O responsável no Algarve daquela força de segurança disse que a vítima mortal, de 35 anos, pertencia ao conhecido grupo de motociclistas Hells Angels, o mesmo não sendo o caso dos cinco suspeitos detidos.

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A PJ deteve quatro homens e uma mulher, com idades entre os 35 e os 48 anos, suspeitos da “prática de homicídio qualificado”, com arma de fogo, de um homem, no concelho de Faro, revelou esta manhã aquela força de segurança.

Segundo um comunicado, “o crime verificou-se na noite de 2 de dezembro de 2022, em local ermo da serra algarvia, para o qual a vítima terá sido conduzida, sob coação, pelos suspeitos”.

Fernando Girão precisou que a vítima terá sido “transportada à força” para o local em que foi encontrado já sem vida, por populares, a 4 de dezembro, dois dias depois de ter sido morto de uma forma “muito violenta” com “dois tiros, um na cabeça e outro no pescoço”.

“Assim que a autoridade judiciária o solicitar, [os cinco suspeitos] serão presentes a um juiz”, disse o diretor regional da PJ, acrescentando que o prazo legal para que isso aconteça, no máximo, é 48 horas depois da detenção.

Na operação denominada “Palangre”, a Diretoria do Sul da PJ procedeu à detenção dos quatro homens e uma mulher em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Faro, por “fortes indícios da prática do crime de homicídio qualificado”, ocorrido no concelho de Faro.

Aquela força de segurança relata no comunicado divulgado ao fim da manhã de hoje que, como resultado do trabalho de investigação desenvolvida, que contou com a colaboração dos comandos da Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia de Segurança Pública (PSP) de Faro, foram realizadas hoje de madrugada cinco buscas domiciliárias, “tendo sido apreendidas seis armas de fogo, relevantes elementos indiciários e concretizadas as referidas detenções”.

Na sequência da investigação, foi possível apurar que a vítima, um homem de 35 anos, “foi atingido mortalmente pelos suspeitos, indivíduos com antecedentes da prática de criminalidade especialmente violenta”.

A PJ indica que “o crime terá sido motivado por disputas havidas no que respeita ao tráfico e consumo de estupefacientes, tendo sido consumado com recurso a arma de fogo”.

A vítima encontrava-se sujeita à medida de coação de obrigação de permanência na habitação sob vigilância eletrónica, tendo-se ausentado da residência cerca de duas semanas antes de ser assassinada, estando a ser procurada pelas autoridades desde essa data.

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