Pela primeira vez a equipa cardíaca do Hospital Particular de Alvor, do concelho de Portimão, realizou, recentemente, um novo tratamento: o encerramento percutâneo do apêndice auricular esquerdo do coração, um procedimento que não requer cirurgia invasiva.
A fibrilhação auricular é uma arritmia muito frequente e está relacionada com elevadas taxas de morbilidade e mortalidade, em virtude do seu potencial tromboembólico e consequentemente risco de acidente vascular cerebral (AVC). O apêndice auricular esquerdo (AAE) é uma pequena estrutura em forma de bolsa situada na aurícula esquerda do coração e é responsável pela formação da maioria dos trombos.
Neste procedimento (encerramento do AAE), é colocado um dispositivo à entrada do apêndice auricular esquerdo fechando-o, com o objetivo de reduzir o risco de AVC causado por fibrilação auricular.
Os anticoagulantes orais são terapêuticos de primeira linha de tratamento para estes pacientes. No entanto, nem sempre é possível administrar este medicamento visto que podem existir contraindicações para certas pessoas.
A seleção de pacientes para este procedimento é realizada através de critérios rigorosos, sobretudo doentes com fibrilhação auricular não valvular, alguma contraindicação ou intolerância a anticoagulantes orais e elevado risco hemorrágico ou história de hemorragias.
O Hospital Particular do Algarve – Alvor salienta que desde 2001 é considerado uma das “referências da Cardiologia de Intervenção, no panorama nacional da medicina privada onde se realizaram pela primeira vez na região, intervenções minimamente invasivas por cateterismo, como angioplastias ou implantação percutânea de válvulas aórtica ou mitral”.
