O filme que mostra a extraordinária mudança de vida de 41 famílias que viviam em bairros de lata na Meia Praia, em Lagos, comemora quatro décadas este ano. A assembleia municipal não quer deixar passar em branco o 40º aniversário da antestreia de “Continuar a viver ou os Índios da Meia-Praia”
Foi no dia 25 de abril de 1977, há quase 40 anos, que Lagos foi palco da antestreia de “Continuar a viver ou os Índios da Meia-Praia”, um filme que viria a marcar uma época.
A película foi realizada por António Cunha Telles, durante um ano, e a sua antestreia em Lagos, no antigo cinema Império, contou com lotação esgotada: os 900 lugares foram completamente ocupados pelos lacobrigenses.
Para assinalar este marco histórico, a assembleia municipal de Lagos aprovou, por unanimidade, uma recomendação à câmara municipal, no sentido de se realizar um conjunto de iniciativas no âmbito do filme “Continuar a viver ou os Índios da Meia-Praia”.
O filme conta a história de 41 famílias que viviam nos chamados bairros de lata na Meia Praia, que reclamavam o direito à habitação que, até então, o regime fascista lhes tinha negado.
Em Lagos, os pescadores e mariscadores do bairro de barracas – conhecidos como os índios da Meia Praia – aderiram logo depois da revolução de abril de 1974 ao apoio do SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) e iniciaram, com enorme esforço coletivo, a verdadeira epopeia de substituir as suas barracas por casas de habitação, de acordo com projetos aprovados na câmara municipal e financiados pelo Governo, tornando-se assim conhecidos no país.
E foi assim que, no princípio de 1975, o realizador e produtor cinematográfico António da Cunha Telles decidiu registar em filme a extraordinária mudança de vida daquelas 41 famílias e dar a conhecer as suas perspetivas e esperanças para o futuro…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – DIA 2 DE MARÇO)
Nuno Couto | Jornal do Algarve