Juros desceram na emissão de dívida a 12 meses

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O IGCP colocou hoje de manhã mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro a três e 12 meses. Pagou um juro mais elevado na emissão de mais curto prazo e mais baixo na outra em relação a operações similares anteriores.

O IGCP, a agência portuguesa de gestão da dívida pública, colocou hoje mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro (BT) a três e 12 meses. Na emissão a três meses pagou uma taxa média de remuneração mais elevada do que na operação similar em abril e na emissão a 12 meses uma taxa mais baixa do que na operação em julho.

Na emissão a três meses, o IGCP colocou 300 milhões de euros pagando uma taxa média de 0,766%, superior a 0,743% paga em abril.

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Na emissão a 12 meses, o IGCP colocou 700 milhões de euros pagando uma taxa média de 1,619%, abaixo de 1,72% registado na emissão similar anterior em julho, mas ainda muito acima de 1,232% pago em maio. Ontem, o Tesouro Público espanhol colocou dívida no mesmo prazo pagando 1,253%.

Refira-se que o Tesouro alemão colocou hoje dívida a dois anos pagando uma taxa média de 0,23%.

São emissões de dívida de curto prazo que a agência mensalmente realiza e que não foram interrompidas com o programa de resgate da troika. No plano do IGCP para 2013 constam emissões de BT a três, seis, nove, 12 e 18 meses, que se realizarão, em regra, na terceira quarta-feira de cada mês, excetuando dezembro.

Não se trata do que comumente se designa por “regresso ao mercado”, expressão que se refere a emissões de obrigações, de dívida com prazo a dois anos ou superior. Este ano, o IGCP realizou em janeiro e maio duas operações de colocação sindicada de obrigações a cinco e a 10 anos, pela primeira vez desde o início do programa da troika.

Operações anteriores

Nas anteriores emissões de BT nos mesmos prazos, o IGCP pagou uma taxa média de 0,743% por 240 milhões de euros em BT a três meses na operação em abril e 1,72% por 1200 milhões de euros em BT a 12 meses na operação em julho. Na emissão de BT a 12 meses realizada em maio, o IGCP pagou uma taxa muito mais baixa, de 1,232% por 1250 milhões de euros. A situação portuguesa agravou-se entre maio e julho com a crise governamental e em virtude do impacto global do anúncio de alteração de política monetária nos Estados Unidos.

Espanha realizou ontem uma emissão de BT a seis e 12 meses pagando taxas médias mais baixas do que em operações similares anteriores. Na emissão a 12 meses colocou 2812 milhões de euros pagando 1,253%. Anteriormente, numa emissão a três meses, o Tesouro Público espanhol pagou 0,442%. Taxas muito mais baixas do que as pagas hoje pela agência portuguesa.

Jorge Nascimento Rodrigues (Rede Expresso)
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