Linha de comboio de Compostela reaberta

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Trabalhos de remoção dos destroços continuam, mas uma das linhas de comboio em Santiago de Compostela já foi reaberta, no dia em que o maquinista deve ser interrogado.

Os comboios da linha convencional já circulam por uma das linhas afetadas pelo acidente da passada quarta-feira nas proximidades da estação de Santiago de Compostela, em Espanha, disse à Efe fonte oficial.

Os comboios da linha convencional circulam pela zona onde ocorreu o sinistro – que causou 80 mortos – desde as 5h, disse um porta-voz do Administrador de Infraestruturas Ferroviárias (Adif), em declarações à agência noticiosa espanhola. Segundo indicou a mesma fonte, estava prevista a reabertura da linha de alta velocidade ao tráfego pouco depois.

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O serviço será reaberto mas com extrema precauções, uma vez que ainda falta retirar da zona pelo menos uma das carruagens do comboio acidentado, numa operação definida como “complicada”.

Os trabalhos na curva onde teve lugar o descarrilamento decorreram durante toda a noite, consistindo na retirada do que resta do comboio e no acondicionamento das vias.

Maquinista interrogado

O acidente em Santiago de Compostela, o pior de Espanha em quase 70 anos, teve lugar num troço misto entre alta velocidade e convencional, que não estava equipado com o sistema de segurança ERTMS, que controla de forma automática a velocidade em zonas com limitação.

O excesso de velocidade tem sido a hipótese privilegiada para explicar o descarrilamento, depois de se saber que o maquinista admitiu que ia a 190 quilómetros por hora numa zona onde só podia circular a 80 quilómetros por hora e que terá travado demasiado tarde.

Francisco José Garzón Amo, um homem de 52 anos, tinha 30 anos de experiência profissional ao serviço da Renfe, a empresa que gere a rede ferroviária espanhola, declarou o seu presidente, Julio Gomez-Pomar Rodriguez, à radio Cope. O homem trabalhava como ajudante de maquinista desde 2000 e desde 2003 como maquinista, acrescentou o mesmo responsável.

O maquinista está, sob custódia, no hospital, onde vai ser ouvido pela polícia, acompanhado de um advogado, segundo o Tribunal Superior de Justiça da Galiza.
Este interrogatório, que estava inicialmente previsto para ontem, não chegou a realizar-se e deve acontecer hoje.

Mariana Cabral (Rede Expresso)
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