Ministro da Saúde inaugura novas estruturas no CHUA

Segundo o ministro, o problema da falta de profissionais de saúde, motivado pela “condição periférica da região”, está a ser trabalhado pelo Governo

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O ministro da Saúde visitou esta sexta-feira, dia 4, a Unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), onde inaugurou o Centro de AVC, na Unidade de Medicina Intensiva (UMI) e o Laboratório de Ortoprotesia naquele hospital.

O CHUA abriu as portas de uma unidade mista, criada de raiz, com mais camas, mais ventiladores e com uma equipa multidisciplinar dedicada ao AVC (Acidente Vascular Cerebral).

No total, a UMI conta agora com mais 14 camas, das quais seis são destinadas a doentes AVC em cuidados intermédios. Contudo, tal como explica Horácio Guerreiro, diretor clínico do CHUA “as novas camas podem ser transformadas em 24 para prestar cuidados intensivos, o que nos dá elasticidade”. A UMI encontra-se também preparada para receber doentes covid-19.

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Os 30 ventiladores adquiridos pelo Algarve Biomedical Center, em 2020, com fundos da Comunidade Intermunicipal do Algarve (cerca de 1,3 milhões de euros), e que apenas chegaram à região este verão, estão agora ao serviço da UMI.

Para Ana Vargues Gomes, presidente do Conselho de Administração do CHUA, trata-se de uma “renovação para que as unidades possam estar à altura para qualquer resposta que venha a ser necessária no futuro”. Na sua visão, “novas instalações vão ajudar a captar pessoas para vir trabalhar no hospital e na região”, afirmou aos jornalistas.

Durante a visita, Manuel Pizarro sublinhou “os esforços feitos para reorganizar o hospital e expandir a unidade de cuidados intensivos”, realçando também “a forma muito particular como as autarquias no Algarve apoiam o sistema de saúde algarvio”. De acordo com o governante, “não há outra região que desse ponto de vista se compare com o Algarve”, reforça.

Segundo o ministro, o problema da falta de profissionais de saúde, motivado pela “condição periférica da região”, está a ser trabalhado pelo Governo, nomeadamente no que toca à “a formação de profissionais, um aspeto muito relevante, a abertura de mais vagas para a formação de médicos em geral e de médicos especialistas, em especial, grande parte delas no Algarve e o reforço do funcionamento do curso de medicina da Universidade do Algarve, o qual deve ser acarinhado”, frisa.

Em Faro, Manuel Pizarro, confirmou que a partir de janeiro do próximo ano, “134 médicos vão entrar em formação geral e cerca de seis dezenas, o maior número de sempre de médicos, na formação da especialidade no Centro Hospitalar Universitário do Algarve e também nos cuidados de saúde primários”.

Horácio Guerreiro, Manuel Pizarro e Ana Vargues Gomes

Para fixar os profissionais na região algarvia, o ministro apontou como essencial a criação de novas infraestruturas hospitalares. Nesse sentido, Manuel Pizarro disse que a construção do novo Hospital Central do Algarve, uma estrutura “vital” para a região, “também contribuirá para fixar profissionais na região, um processo que está de novo em marcha, que vai ter evolução durante o ano de 2023”. Manuel Pizarro adiantou ainda que, “nos próximos meses” será finalizado um calendário do projeto “que se compromete com os profissionais e as necessidades da região”.

O ministro da Saúde expressou também a sua “compreensão” com a greve dos médicos decretada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), considerando que a paralisação se insere na greve geral da função pública e “não por motivações” no setor da Saúde.

Questionado sobre a greve de quatro dias dos enfermeiros convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para 17, 18, 22 e 23 de novembro, o ministro referiu que o Governo “está a negociar com a classe”, frisando que “a curto prazo haverá boas notícias para os enfermeiros”.

Esta tarde, o ministro inaugurou também o Laboratório de Ortoprotesia do CHUA – um projeto inovador que nasce de uma parceria com a Universidade do Algarve – e que tem como missão a construção interna de próteses e ortóteses personalizadas às necessidades de cada paciente com materiais recicláveis. Esta nova valência permite ao CHUA ser o primeiro centro hospitalar com este tipo de oferta.

O ministro ajudou uma criança a expeimentar as suas próteses, já criadas internamente no CHUA

O governante inaugurou, esta manhã, o Hospital Terras do Infante, em Lagos, infraestrutura onde antes funcionava uma unidade privada e que em janeiro do corrente ano passou a integrar o CHUA, a par das unidades hospitalares de Faro e de Portimão.

O Hospital de Lagos abre oficialmente com 44 camas, dois blocos operatórios e mais horários para consultas. O Serviço de Pediatria funciona em regime pós-laboral. Em janeiro de 2023, a mais recente unidade hospitalar do CHUA irá acolher um centro oftalmológico.

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