A concelhia de Tavira do Bloco de Esquerda (BE) alertou para a “situação preocupante” em que encontra o molhe levante da barra de Tavira.
“A eminência de ruína foi detectada e sabemos que estudos do LNEC- Laboratório Nacional de Engenharia Civil confirmam esta apreciação”, garante o deputado municipal do BE, José Manuel do Carmo, acrescentando que “embora no conhecimento destes factos, o IPTM não parece ter atribuído publicamente a importância que este facto justifica”.
José Manuel do Carmo já tinha levantado esta questão na Assembleia Municipal de Tavira realizada no passado dia 26 de setembro, alertando na altura os poderes políticos locais para a gravidade da situação.
“Embora tendo o Bloco de Esquerda recolhido confirmação por parte de elementos ligados ao IPTM, não parece haver qualquer tomada de medidas”, lamenta José Manuel do Carmo.
“O Bloco de Esquerda já solicitou de modo oficial informações ao IPTM, no entanto consideramos da máxima importância tornar pública, desde já, esta ameaça. Num país que se tornou famoso por caírem pontes, chega agora a vez da ameaça de ruírem barras. Não queremos que isso aconteça pelo nosso silêncio”, refere o deputado municipal.
José Manuel do Carmo alerta ainda para o facto de o desmoronamento da barra significar a sua obstrução total: “O encerramento representaria a paralisia total da atividade piscatória em todo o concelho de Tavira, desde Cabanas a Santa Luzia, bem como o isolamento dos inúmeros barcos de recreio que procuram as Quatro-Águas como ancoradouro”.
O deputado municipal do Bloco recorda ainda o “preocupante assoreamento da barra”, que “foi agravado face à paralisia da actividade extrativa de areia que desde há muito garantia o desassoreamento”. E denuncia que os canais de Cabanas e de Santa Luzia “poderão deixar de ter acesso a curto prazo”, devido a idêntico problema de assoreamento.
D.V.
