Montenegro promete apresentar “muito rapidamente” plano para gestão da água

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O primeiro-ministro afirmou na quinta-feira, dia 11, ter o objetivo de tornar a agricultura, as pescas e as florestas em “setores estratégicos” para o desenvolvimento do país e afirmou que pretende apresentar “muito rapidamente” ao país um plano sobre gestão da água.

“É objetivo deste Governo que o setor primário, a agricultura, as pescas e as florestas sejam considerados um setor estratégico para o desenvolvimento económico e social do país”, afirmou Luís Montenegro durante o debate do programa do XXIV Governo Constitucional, no parlamento.

O chefe do executivo disse não se conformar com o “resultado de oitos anos de políticas públicas que esqueceram, em muitas delas, o efeito no setor primário”, frisando que, de 2014 a 2024, o défice da balança comercial do complexo agroflorestal e pescas subiu de 1.148 milhões de euros para 3.647 milhões.

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“No fundo, triplicou. Isto significa que nós perdemos capacidade de produção e de autonomia no setor alimentar”, frisou, antes de acrescentar que “os efeitos de não se ter considerado este setor estratégico são mais profundos”.

“Têm a ver com a reorganização e organização do nosso território, com a fixação de pessoas, com o valor económico de todas as atividades subsequentes na parte turística, industrial, na parte de potenciarmos a capacidade da nossa agricultura e das nossas pescas”, afirmou.

Montenegro respondia ao deputado do PSD Cristóvão Norte que, na sua intervenção, considerou que o atual executivo “tem as opções certas”, mas precisa de “promover o setor primário, em particular a agricultura”.

“Tivemos um Governo em pé de guerra com a agricultura, agora é tempo de paz”, defendeu, perguntando de seguida ao primeiro-ministro o que é que o executivo pretende fazer para responder à situação de seca no Algarve.

Na resposta, Montenegro indicou que o Governo vai tentar “muito rapidamente” apresentar ao país o seu plano sobre a matéria, em particular para o Algarve, nomeadamente “fazendo uma avaliação que já está a ser empreendida daquilo que é a capacidade de gestão e armazenamento de água depois da chuva dos últimos dias” e da possibilidade de “desagravar as condições de abastecimento de água”.

“Estamos já a trabalhar no âmbito do ministério do Ambiente e da Energia, e no âmbito do ministério da Agricultura e Pescas, em convergência para apresentar o desenho desse programa o mais rápido que for possível”, sublinhou.

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