O Museu Regional do Algarve, instalado no rés-do-chão da sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, completou, no dia 15 de dezembro, 70 anos ao serviço da Cultura e do Património algarvio.
Desde sempre associado ao pintor farense Carlos Porfírio, seu dinamizador e diretor nos primeiros oito anos de existência, o Museu Etnográfico Regional abriu as portas ao público a 15 de dezembro de 1962, materializando uma aposta institucional na dinamização da Cultura através da “Promoção de Museus, Arquivos e instituições culturais”.
Carlos Porfírio como pintor associado a movimentos futurista nacionais e europeus, artes cinematográficas jornalista, e etnógrafo, funda o Museu a partir do próprio espólio reunido durante a primeira metade do século XX, onde se destacam objetos sobre a atividade de pesca e agricultura, mobiliário, utensílios domésticos e dezenas de peças de arte popular.
Os quadros a óleo que o próprio concebeu para o museu sobre “memórias, saberes e tradições do povo algarvio”, bem como o conjunto de obras de pintores algarvios que, pela primeira vez, tiveram espaço para serem apresentados são outros destaques do espaço.
“Ao longo destes 70 anos, muitas foram as dinâmicas socioeconómicas que foram realizadas e várias gerações que passaram ou visitaram as suas instalações, adaptadas aos tempos presentes já no início do século XXI, dando-lhe uma nova visibilidade social, o que tem permitido preservar o espírito concetual do seu fundador, mas ao mesmo tempo evidenciar uma nova modernidade na compreensão e sensibilização, sobretudo as gerações mais novas que diariamente atravessam as suas portas e descobrem que a sua história não começou nos seus pais”, refere a CCDR em comunicado.
