A partir de 2018, uma espécie de ADN químico inserido na tintagem de notas roubados em ATMs vai tornar possível seguir o rasto de redes de assaltantes a multibancos. Com a inserção de códigos químicos no dinheiro será possível localizar os multibancos e a hora dos assaltos através da descarga de tinta contendo um código de composição química, passível de ser identificada à distância.
A iniciativa apoiada pela União Europeia e cofinanciada pelo Monopoly Programmes visa a criação de um banco de dados europeu, permitindo apertar o cerco a redes criminosas e seguir o circuito do dinheiro a nível internacional. Em Portugal, a iniciativa será desenvolvida e controlada pelo Laboratório de Polícia Científica (LPC) da Polícia Judiciária.
Segundo o “JN”, o tipo de tinta codificada ajudará ainda a estabelecer a ligação aos assaltantes, ao impregnar-se na pele com facilidade, roupa e calçado, dados admissíveis como prova forense. O futuro banco de dados irá funcionar como central de informação de códigos químicos, trabalho científico que está a ser desenvolvido por sete laboratórios forenses europeus, entre os quais os da Alemanha, França e Bélgica.
O LCP associou-se ao projeto no final do ano passado, prevendo-se que o banco de dados possa passar a estar ativo e em rede com várias autoridades europeias dentro de dois anos. A França já implemento o sistema de monitorização de códigos químicos em 2015, sistema fornecido por uma empresa portuguesa, a Feérica, fornecedora ainda de tintas técnicas da rede multibanco, gerida pela SIBS, adianta o “JN”.
Isabel Paulo (Rede Expresso)