Obama alerta para risco de nova crise económica nos EUA

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O Presidente norte-americano Barack Obama alertou ontem os republicanos para o risco de uma nova crise económica no país, sublinhando que os investidores devem estar preocupados com o encerramento parcial do Governo federal.

“Creio que desta vez é diferente e que Wall Street deve mesmo preocupar-se. Trata-se de uma situação em que parte dos congressistas tem vontade de travar as obrigações do Governo”, declarou Barack Obama em entrevista à CNBC, acrescentando ser “importante que os investidores tenham noção do profundo impacto que vai ter a paragem dos serviços na economia, nos funcionários públicos e acionistas”

Segundo o Presidente norte-americano, é preciso que a oposição tenha a real consciência das consequências do shutdown para a economia nacional e mesmo global. O aviso, em jeito de pressão sobre os republicanos, foi dado depois de uma reunião na Casa Branca, que terminou (já de madrugada em Lisboa) sem acordo sobre o impasse orçamental.

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Obama declara-se cansado das batalhas frente aos republicanos, que controlam a Câmara de Representantes, reiterando que se esquecem das consequências.

Troca de acusações

“Estou absolutamente exasperado, porque esta era uma situação desnecessária”, afirmou.

No final da reunião na Casa Branca, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, disse que “Barack Obama reiterou mais uma vez que não vai negociar.”

No entanto, um pequeno grupo de republicanos parece começar a mostrar-se preocupado com o impacto do encarramento parcial dos serviços públicos. “Eu tento ser otimista, mas ao mesmo tempo tenho a real noção de quando as pessoas estão sem trabalhar e sem dinheiro para pagar as contas pagar”, declarou o republicano Michael Grimm, citado pela CNN.

Já o líder dos democratas no Senado, Harry Reid, acusou, por sua vez, os republicanos de usarem a crise orçamental para travarem a lei dos seguros de saúde para todos. “Estamos bloqueados no Obamacare”, declarou.

O encerramento dos serviços públicos não essenciais nos EUA obriga cerca de 800 mil funcionários públicos a ficarem em casa. Museus, parques e monumentos fecharam ao público, assim como estão suspensos os serviços que garantem a crianças e idosos o acesso a refeições e inscrições de doentes em tratamentos de saúde.

Liliana Coelho

JA | Rede Expresso

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