Olhão assinala 50 anos do 25 de Abril com intervenção de partidos políticos

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O município de Olhão assinalou os 50 anos da Revolução dos Cravos com a cerimónia do hastear das bandeiras e uma sessão solene, que decorreu no Auditório Municipal. Todos os partidos presentes na Assembleia Municipal foram convidados a intervir. O Chega foi o único a não comparecer.

“Descolonizar, desenvolver e democratizar” são os objetivos da Revolução que o presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina, considera que foram cumpridos. No entanto, sublinha que “não podemos fechar os olhos aos desafios que a democracia enfrenta atualmente”.

O Chega foi o único partido que falhou a cerimónia. O autarca considerou o facto como “grave e suficiente para os olhanenses retirarem as respetivas ilações”. Já o presidente da Assembleia Municipal, Cristóvão Norte, considerou o ato como uma “manifestação antidemocrática”.

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Em relação ao futuro, António Miguel Pina frisa que “é vital que nos mantenhamos vigilantes, promovendo um diálogo construtivo e fortalecendo os laços de empatia e compreensão na nossa sociedade”.

Na região do Algarve, realçou o presidente, “Olhão sobressai como um bastião histórico de resistência e luta pela liberdade. O seu papel durante os anos sombrios da ditadura destaca-se como um exemplo de coragem e de determinação na busca pela justiça e pelos Direitos Humanos”. “Que este 25 de Abril nos inspire a sermos guardiões atentos da liberdade, promotores da paz social e construtores de um futuro mais justo e inclusivo”, conclui.

Quanto aos principais desafios que se apresentam à democracia atualmente, António Cabrita não hesitou em apontar a necessidade de uma reforma no sistema de justiça.

Olhão vai continuar a celebrar abril com um conjunto de iniciativas que decorrem no Auditório Municipal. O programa completo pode ser consultado aqui.


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1 COMENTÁRIO

  1. Comemorou-se ontem o glorioso Cinquentenário do 25 de Abril, cuja expressão de regozijo popular ficou bem expressa no monumental desfile apartidário que ocorreu na Avenida da Liberdade, na capital.

    Como todos sabemos, a Revolução de que esta data foi expressão teve como finalidade apear do Poder uma ditadura de 48 anos para devolver ao povo português o legítimo direito à liberdade, para que cada um dos cidadãos deste país pudesse expressar, democrática e publicamente, as suas ideias, sem ter de ser incomodado, nem temer que os esbirros da ditadura o levassem, cobardemente, a meio da noite, do seio da sua família para, de um modo infame, ser torturado, pelo simples “crime” de pensar pela sua própria cabeça.

    Acresce que devemos a conquista do 25 de Abril ao Movimento dos Militares e não a qualquer força política, como parece que, falsamente, alguns pretendem fazer passar.

    Como todos sabemos, igualmente, algumas dessas forças políticas, que se supõem “donas” do 25 de Abril, tentaram, após o derrube do anterior Regime, através do que ficou tristemente conhecido por PREC-Processo Revolucionário Em Curso, aproveitar o período de indefinição que se seguiu para tentar, no nosso país, a implantação de outra ditadura, de inspiração comunista, esta de sinal contrário à que tinha sido derrubada, situação que foi, felizmente, revertida pelo 25 de Novembro, que nos devolveu a pureza da Revolução inicial.

    Todos conhecemos qual a natureza dos regimes onde a cartilha comunista é Poder e onde a Liberdade e a Democracia são uma ficção, como Coreia do Norte (onde o povo está infantilizado) ou a China ou Cuba, onde o Partido Único mantém as prisões cheias de presos políticos, cidadãos a que foi roubada a liberdade devido a simples “crimes” de delito de opinião …
    Espantosamente, ainda existem entre nós formações partidárias que, hipocritamente, se arrogam de amantes da liberdade e da democracia e que, simultaneamente, propugnam a existência de regimes de Partido Único, como os que acima refiro …

    Lamentavelmente, 50 anos passados sobre a Revolução dos Capitães, que nos devolveu o sagrado direito à expressar, democraticamente e em liberdade, as próprias ideias, ainda ocorre, vergonhosamente, que indivíduos, que se identificam como comunistas, atentem contra outros cidadãos, pelo simples facto de estes não defenderem ideias afins às suas, como ontem aconteceu, durante o desfile na Avenida da Liberdade,

    Para que seja denunciado, aqui segue o “link” de notícia que nos mostra, lamentavelmente, como o fanatismo político ainda é uma realidade entre nós …
    Deputada da IL intimidada por comunista no desfile do 25 de Abril – ZAP Notícias (aeiou.pt)

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