…Já em acelerado desenvolvimento final de uma época desportiva, no âmbito das diversas modalidades, em que nem sempre as ‘coisas’ – a competição – os seus desígnios e objetivos terão decorrido de maneira a contento das ambições, ocorreu-nos pedir um time out e, ao formular um desejo criterioso, importará interiorizar uma essencial ideia-pensamento.
Tendo como pano de fundo o valor das referências, o contributo de quantos – e têm sido muitos, felizmente! – nos têm proporcionado a escolha de uma ‘rota’ o mais assertiva possível, com o foco em não nos virmos a constituir em navegadores sem… bússola! ‘Convidámos’ para o ‘mar da pesca’-, uma vez mais e sem ruído nem faróis acesos, mestre – porque sábio! – Manuel Sérgio.
Transmite-nos o mestre, então, o mestre essa lapidar ideia-pensamento, enquadrada nas grandes valências que o desporto nos pode proporcionar:
“O desporto é um fenómeno humano, donde resultam equívocos, traumas desencadeados no universo das relações sociais, possíveis de se caracterizarem num contexto político, vinculado irrefutavelmente ao curso da história”.
E, noutro ângulo de observação, acrescentaremos: Se tudo é história, se tudo é processo e se, quando nos movimentamos mais do que a nós mesmos – nas decisões, nos aplausos, nos apupos, nos remates, nos lançamentos -, movimentamos o tempo em que vivemos e somos. Até porque não é pensando que somos é sendo que pensamos!
Terá sido bem planeada a época, terão sido bem ajustados os objetivos a alcançar, equacionando que a chave do sucesso assentará na premissa de que para se obterem os (melhores) resultados, importará que: O programa (planeamento) exiga, o treinador indique e o atleta cumpra?!
Como quer que seja, conseguidos ou não os objetivos, os resultados, sempre valerá por dizer que, sem ética, não há desenvolvimento. Haverá que lutar por um desporto onde a competitividade não se confunda com ódio e em que os principais dirigentes se distingam por uma sabedoria que possa transcender o ‘ganhar a qualquer preço’.
A política e o comportamento da ‘terra queimada’, do ‘vale tudo’ a pretexto do ganhar por qualquer preço, jamais caberá numa salutar e edificante atitude ética, pela simples e aglutinadora – de princípio e de valores – razão de que: O sucesso, o êxito não se compra apenas se merece!
*”Embaixador para a Ética no Desporto”